As
análises de água realizadas pelo Laboratório de Microbiologia da Unoesc São
Miguel do Oeste, no cenário da prestação de serviços, continuam apontando uma
melhoria na qualidade da água da região. Segundo a professora, doutora Eliandra Mirlei Rossi, em 2003, quando o Laboratório
iniciou suas atividades, o percentual de amostras impróprias para o consumo
humano era de 81,04%. Em 2019, esse percentual foi de 28,92%.
Eliandra
ressalta que o dado é o resultado de um trabalho intenso de orientação e
conscientização realizado pelo Laboratório na Universidade e na comunidade. Ela
acrescenta que esse trabalho conta com o apoio de diversas entidades de São
Miguel do Oeste. "Nossa região melhorou muito a qualidade da água. Isso,
consequentemente, refletirá na saúde da população", avalia a doutora.
A água
tratada ainda apresenta um percentual maior de amostras próprias para o consumo:
42,64%, enquanto a proveniente de poços apresenta 28,43% das amostras próprias.
A
professora Eliandra Rossi alerta que
ainda existe uma parcela da população que não realiza análises. Essa parcela da
população — que não faz a análise por
acreditar que a água não está contaminada por não apresentar alterações no
gosto, cheiro ou cor ou por não possuir condições financeiras — é envolvida nos projetos de pesquisa. Neste cenário
da pesquisa, encontra-se uma alta porcentagem de pessoas que ingerem água
contaminada: em média 70%.
"Recentemente,
a acadêmica do curso de Farmácia, Caroline Fachin, em seu Trabalho de Conclusão
de Curso (TCC), demonstrou que 96% das amostras estavam impróprias para o
consumo. Neste trabalho, fizemos também análises físico-químicas e observamos
que as águas analisadas apresentaram menos problemas quando observamos esses
parâmetros, ou seja, os problemas nas águas de consumo da nossa região são,
principalmente, a contaminação por material fecal", explica a professora.
Eliandra chama a
atenção para a importância de realizar a análise da água das residências a cada
seis meses, uma vez que um copo de água com ausência de cor, odor e gosto pode
esconder micro-organismos invisíveis ao olho nu.
COMO CUIDAR DA
ÁGUA
Para melhorar ou manter a qualidade é preciso adotar cuidados. A lavagem e desinfecção das caixas devem ser feitas a cada seis meses, mesmo que seja armazenada a água tratada. A caixa também deve estar bem fechada, impedindo a entrada de resíduos. Os filtros devem ser limpos ou trocados com frequência, conforme as instruções do fabricante. Além disso, os poços devem ser protegidos e estar localizados distantes de fossas ou do descarte de resíduos.
Em comemoração ao Dia Mundial da Água, que será no próximo domingo (22), a Unoesc está divulgando nas redes sociais, desde o início desta semana, informações sobre os cuidados básicos para manter a qualidade da água.
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