Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom
Vacinar anualmente
cães e gatos é a melhor forma de prevenir a raiva, doença que pode acometer
todas as espécies de mamíferos, inclusive seres humanos. Esse é o alerta da
Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive) para o Dia Mundial Contra a
Raiva, lembrado nesta terça-feira, 28.
O vírus é
transmitido pela saliva de animais infectados, geralmente através de mordidas e
arranhões. Após o contato com a pele lesionada, o vírus entra no corpo e chega
ao cérebro, causando inchaço ou inflamação. A raiva é uma doença altamente
letal. “Por isso, é importante não se aproximar, tocar ou mexer em animais que
você não conhece, ainda mais quando estiverem se alimentando ou dormindo. As
pessoas não devem tocar, nem manusear os morcegos, por exemplo, que também podem
transmitir a doença” alerta Alexandra Schlickmann Pereira, médica veterinária
da Dive.
Em caso de
incidentes com animais, como mordidas, é fundamental lavar o ferimento com água
e sabão. “Depois é preciso procurar uma Unidade de Saúde o mais rápido possível.
Os profissionais vão avaliar o ferimento e indicar o tratamento adequado”,
explica Alexandra.
O Sistema Único de
Saúde (SUS) disponibiliza vacina e soro antirrábico para tratamento da doença.
A Dive reforça que em caso de acidente, o animal deve ficar em observação por
10 dias, isolado de outros animais e com água e comida disponíveis. Caso morra
ou desapareça, é preciso comunicar à Unidade de Saúde.
Raiva em SC
As ações para a
eliminação da raiva humana transmitida por cães nas Américas começaram em 1983,
com o lançamento do Programa Regional de Eliminação da Raiva da OPAS
(Organização Pan-Americana da Saúde), coordenado pelo Centro Pan-Americano de
Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária da Organização Pan-Americana da Saúde.
Desde então, a
incidência da raiva humana transmitida por cães nas Américas diminuiu em quase
98%, de 300 casos notificados em 1983 a 6 casos em 2021. Quase todos os casos
humanos atuais são originados principalmente por transmissão de animais
silvestres, na maior parte morcegos hematófagos.
No Brasil, com a
intensificação das ações de vigilância e controle da raiva canina e felina nos
últimos 30 anos, houve significativa redução nas taxas de mortalidade por raiva
humana, com o predomínio de casos em caráter esporádicos e acidentais.
Já os últimos casos
de raiva em cães e gatos em SC foram registrados em 2006, nos municípios de
Xanxerê (um cão e um gato), Itajaí (um cão), e 2016, em Jaborá (um cão).
Prevenção
Além de vacinar
anualmente os animais domésticos é importante ter os seguintes cuidados:
-Manter seu animal
em observação quando ele agredir uma pessoa;
-Vacinar anualmente
seus animais contra a raiva;
-Não deixar o animal
solto na rua e usar coleira/guia no cão ao sair;
-Notificar a
existência de animais errantes nas vizinhanças de seu domicílio;
-Informar o
comportamento anormal de animais, sejam eles agressores ou não;
-Informar a
existência de morcegos de qualquer espécie em horários e locais não habituais
(voando baixo, durante o dia, caídos).
Evite
-Tocar em animais
estranhos, feridos e doentes;
-Perturbar animais
quando estiverem comendo, bebendo ou dormindo;
-Separar animais que
estejam brigando;
-Entrar em grutas ou
furnas e tocar em qualquer tipo de morcego (vivo ou morto);
-Criar animais
silvestres ou tirá-los de seu habitat;
-O contato com
saliva de animais doentes, através de mordeduras, arranhões ou lambeduras.
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