Divulgação
A Polícia Civil de Santa Catarina, através da DIC-FRON de
Chapecó, com apoio da Polícia Científica, de Policiais Civis do SAER e DPCAMI
de Chapecó, deflagrou a Operação “BOLSA LIMPA”, contra grupo que estaria
praticando apropriação de valores de bolsas pesquisas que seriam direcionados a
estudantes carentes. Todos investigados são funcionários de uma Instituição de
Ensino que oferece graduação e pós graduação, nas formas presencial e híbrida,
em universidade localizada em Chapecó. Entre os envolvidos, segundo a Polícia,
está o proprietário da instituição.
O nome da operação policial
enfatiza a importância da transparência e da ética na área educacional, e
indica que a operação visa combater fraudes e irregularidades nas bolsas de
estudo de maneira justa e transparente. Além disso, o nome sugere que a ação
não se limita apenas às bolsas de estudo, mas pode abranger outras áreas da
educação onde possa haver práticas fraudulentas.
As investigações tiveram
início quando estudantes que teriam sido contemplados com bolsas de pesquisa
perceberam que suas bolsas do Programa UNIEDU eram de valor superior ao da
mensalidade, em alguns casos o valor da bolsa era superior a 150% do valor da
mensalidade. Tiveram a percepção no momento que fizeram login no sistema do
programa de bolsas para assinatura dos recibos, que era feito de forma virtual.
Quando estudantes
questionaram a direção da universidade sobre tal assunto, foram
orientados que deveriam simplesmente assinar os recibos mesmo com valores
maiores aos da mensalidade o que seria “considerado como bolsa integral”. Pendente
de maiores esclarecimentos, alunos acabaram fazendo dessa forma por um grande
período.
Ainda há relatos de estudantes
que teriam realizado pagamentos das primeiras mensalidades, quando
ingressaram na universidade, sendo posteriormente contemplados com bolsas
retroativas (desde o ingresso), os quais não tiveram valores devolvidos, bem
como também houve relatos de que funcionários teriam feito contato com
estudantes para obterem senhas e login para fins de assinarem os recibos das
bolsas de pesquisa.
Durante esta manhã de
terça-feira (11) foram cumpridos quatro (04) mandados de busca e apreensão,
sendo um na Instituição de Ensino e três nas residências dos envolvidos, com
objetivo de angariar mais elementos probatórios para a investigação. Durante as
buscas foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos e grande quantidade
de dinheiro em espécie na residência do proprietário da universidade.
Os envolvidos poderão
responder pelos crimes de peculato, falsidade ideológica, apropriação indébita
e associação criminosa.
Em cálculo realizado pelos
investigadores da DIC, somente nos três últimos anos o desvio chegaria próximo
de R$ 100.000, entretanto, esses números podem ser ainda maiores.
As investigações prosseguem e
o delegado Eder Matte adverte que se tiver algum estudante com situação similar
a relatada, que procure a DIC Chapecó para realizar a denúncia.
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