Além da pandemia do coronavírus, Santa Catarina também
registra aumento nos casos de dengue. No boletim da Diretoria de Vigilância
Epidemiológica (Dive/SC), 11 municípios estão em situação de epidemia, com
Joinville sendo a cidade com maior número de casos: Águas de Chapecó,
Bombinhas, Caibi, Coronel Freitas, Formosa do Sul, Maravilha, Navegantes, São
Carlos, São Miguel do Oeste e Tijucas.
Entre 29 de dezembro de 2019 a 2 de janeiro de 2021, foram
notificados 22.876 casos de dengue em Santa Catarina, sendo 11.363 confirmados
– além de 40.371 focos do mosquito Aedes aegypti em 195 municípios do Estado.
Gerente de zoonoses da Dive/SC, João Fuck reforça os cuidados até pela
temporada de verão, período propício para a proliferação da doença.
– Tudo isso é um alerta pelas necessidades dos cuidados
porque estamos entrando novamente em um período sazonal, onde as condições
climáticas são muito favoráveis para a reprodução do mosquito.
Com sintomas parecidos entre si, dengue e coronavírus possui
uma diferença que ajuda na hora de detectar a doença: o fator respiratório.
– Quando a gente está falando de dengue falamos de uma doença
que não tem sintomas respiratórios, não tem tosse, não tem coriza, o que a
gente acaba vendo na covid-19. Em alguns momentos a gente viu essa dificuldade,
mas trabalhamos com a investigação epidemiológica para entender quais são os
sintomas. A questão respiratória a gente não vê na dengue e isso ajuda um pouco
na suspeita dessas doenças – explicou o gerente de zoonoses.
Principais sintomas da dengue
A febre alta, de 39° a 40° C, de início abrupto, costuma ser
uma das primeiras manifestações da dengue. A alta na temperatura pode durar de
2 a 7 dias e também ocorrer conjuntamente com dor de cabeça, fraqueza, dores no
corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.
Manchas pelo corpo também estão presentes em 50% dos casos e
podem ocorrer não rosto, tronco, braços e pernas. Outros sintomas que podem ser
registrados também são perda de apetite, náuseas e vômitos.
A doença pode evoluir para um quadro grave. Nesses casos,
ocorrem sangramentos de mucosas (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e
contínua, vômitos persistentes, letargia, sonolência ou irritabilidade,
hipotensão e tontura são considerados sinais de alarme. Alguns pacientes também
podem apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade.
Dicas para evitar a proliferação da doença
– evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque
areia até a borda;
– guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
– mantenha lixeiras tampadas;
– deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer
abertura, principalmente as caixas d’água;
– plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam
água;
– trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por
semana;
– mantenha ralos fechados e desentupidos;
– lave com escova os potes de comida e de água dos animais no
mínimo uma vez por semana;
– retire a água acumulada em lajes;
– dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros
pouco usados;
– mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
– evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de
foco do mosquito da dengue;
– denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti
para a Secretaria Municipal de Saúde;
– caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika
vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
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