Dólar fecha em queda após bater novo recorde na semana passada

03/02/2020 - 17h40

O dólar fechou em queda significativa nesta segunda-feira (3), após bater novo recorde nominal (sem considerar a inflação) da história na sexta, de olho nos desdobramentos dos riscos relacionados ao coronavírus e seu possível impacto econômico na China.

A moeda norte-americana terminou o dia em baixa de 0,84%, a R$ 4,2491. No ano, acumula alta de 5,97%.

Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 0,65%, vendida a R$ 4,2850.

No radar dos investidores estava o surto de coronavírus na China, com a falta de manchetes muito pessimistas durante o fim de semana ajudando na recuperação do sentimento do mercado, apesar da permanência de certa cautela.

"A realidade imposta pelo surto do novo coronavírus – originado na China – tem apresentado motivos de sobra para o mercado se preocupar, tanto no curto quanto no médio prazo, sendo consensuais as apostas de sérios impactos negativos no desempenho da segunda maior economia global", disse em nota a corretora Commcor.

No entanto, a operadora citou que uma recuperação nos mercados europeus e futuros norte-americanos mostram "algum sinal de resiliência" diante do surto de coronavírus. No exterior, outro indício de melhora do sentimento era a queda de divisas consideradas refúgios seguros, como iene japonês e franco suíço.

Ante moedas arriscadas, o dólar apresentava tendência de queda, perdendo contra peso mexicano, rand sul-africano e dólar australiano.

No cenário doméstico, a XP Investimentos citou em nota a abertura do ano legislativo no Brasil --que marca a volta do funcionamento do Congresso em 2020-- como foco dos investidores neste início de mês, com as PECs do pacote Mais Brasil, a reforma administrativa e a reforma tributária no centro das atenções.

Esta semana, a reunião do Copom também se destaca, com possibilidade de corte da Selic a nova mínima histórica.

Mercados asiáticos

Em todo o mundo, investidores se preocuparam com as consequências do surto de coronavírus para o crescimento da segunda maior economia do mundo.

O receio do mercado é que o surto afete a demanda dos consumidores e tenha impactos mais diretos e abrangentes sobre a atividade econômica, uma vez que o mercado tem na memória a epidemia de SARS de 2002 a 2003, também na China

Nesta segunda, as bolsas da China reabriram após o feriado do ano novo lunar, estendido por preocupações com o coronavírus – os mercados do país estavam fechados desde 24 de janeiro. A reabertura foi caótica: os principais índices caíram mais de 7%, no maior recuo diário desde 2015.

O índice composto da Bolsa de Xangai fechou em queda de 7,72%, a 2.746,61 pontos, enquanto a Bolsa de Shenzhen, a segunda maior da China, terminou em contração de 8,41%, a 1.609,00 pontos.

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