O dólar fechou em queda significativa nesta segunda-feira
(3), após bater novo recorde nominal (sem considerar a inflação) da história na
sexta, de olho nos desdobramentos dos riscos relacionados ao coronavírus e seu
possível impacto econômico na China.
A moeda norte-americana terminou o dia em baixa de
0,84%, a R$ 4,2491. No ano, acumula alta de 5,97%.
Na sexta-feira, o dólar fechou
em alta de 0,65%, vendida a R$ 4,2850.
No radar dos investidores estava o surto de coronavírus na China, com a falta
de manchetes muito pessimistas durante o fim de semana ajudando na recuperação
do sentimento do mercado, apesar da permanência de certa cautela.
"A realidade imposta pelo surto do novo
coronavírus – originado na China – tem apresentado motivos de sobra para o
mercado se preocupar, tanto no curto quanto no médio prazo, sendo consensuais
as apostas de sérios impactos negativos no desempenho da segunda maior economia
global", disse em nota a corretora Commcor.
No entanto, a operadora citou que uma recuperação nos
mercados europeus e futuros norte-americanos mostram "algum sinal de
resiliência" diante do surto de coronavírus. No exterior, outro indício de
melhora do sentimento era a queda de divisas consideradas refúgios seguros,
como iene japonês e franco suíço.
Ante moedas arriscadas, o dólar apresentava tendência de queda, perdendo contra
peso mexicano, rand sul-africano e dólar australiano.
No cenário doméstico, a XP Investimentos citou em nota
a abertura do ano legislativo no Brasil --que marca a volta do funcionamento do
Congresso em 2020-- como foco dos investidores neste início de mês, com as PECs
do pacote Mais Brasil, a reforma administrativa e a reforma tributária no
centro das atenções.
Esta semana, a reunião do Copom também se destaca, com
possibilidade de corte da Selic a nova mínima histórica.
Mercados asiáticos
Em todo o mundo, investidores se preocuparam com as consequências do surto de coronavírus para o crescimento da segunda maior economia do mundo.
O receio do mercado é que o surto afete a demanda dos
consumidores e tenha impactos mais diretos e abrangentes sobre a atividade
econômica, uma vez que o mercado tem na memória a epidemia de SARS de 2002 a
2003, também na China
Nesta segunda, as bolsas da China reabriram após o
feriado do ano novo lunar, estendido por preocupações com o coronavírus – os
mercados do país estavam fechados desde 24 de janeiro. A reabertura foi
caótica: os principais índices caíram mais de 7%, no maior recuo diário
desde 2015.
O índice composto da Bolsa de Xangai fechou em queda de
7,72%, a 2.746,61 pontos, enquanto a Bolsa de Shenzhen, a segunda maior da
China, terminou em contração de 8,41%, a 1.609,00 pontos.
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