Matheus Cunha comemora gol do Brasil com Antony (Foto: REUTERS/Stoyan Nenov)
Yokohama é verde e
amarela novamente. Mas desta vez com detalhes dourados. 19 anos após faturar o
pentacampeonato mundial, o Brasil voltou à cidade japonesa para conquistar o
bicampeonato olímpico. E foi sofrido. Diante da Espanha, o Brasil perdeu
pênalti com Richarlison, conseguiu sair na frente do placar com Matheus Cunha,
mas sofreu o empate de Oyarzabal e levou pressão no segundo tempo. Na
prorrogação, porém, brilhou a estrela de Malcom, que deixou o banco para marcar
o gol do título.
Primeiro tempo
Os 45 minutos
iniciais foram como se espera em uma final: tensos e equilibrados. A Espanha
começou com mais controle, tendo a bola na maior parte do tempo, mas o Brasil
foi aos poucos equilibrando as ações do jogo. Aos 16 minutos, os europeus quase
abriram o placar, após cabeceio de Oyarzabal para o meio da área, que foi
desviado por Diego Carlos em direção à própria meta. Porém, o zagueiro
conseguiu se recuperar a tempo e tirou a bola em cima da linha. A Seleção
respondeu em chutes de Douglas Luiz e Richarlison e teve a sua melhor chance aos
38 minutos. Após cobrança de falta, o goleiro Unai Simón saiu de forma
estabanada e atropelou Matheus Cunha. Após revisão no VAR, o árbitro marcou
pênalti, mas Richarlison isolou a bola e desperdiçou a cobrança. A equipe
canarinho, porém, não sentiu o baque e conseguiu abrir o placar nos acréscimos.
Claudinho cruzou, Daniel Alves evitou que a bola saísse pela linha de fundo e,
após brigar com dois zagueiros, Matheus Cunha bateu colocado e mandou para as
redes.
Segundo tempo
O Brasil começou
melhor no segundo tempo e criou duas ótimas chances. Aos 5, Cunha acionou
Antony, que avançou e chutou rasteiro, parando na defesa de Unai Simón - o
atacante, porém, estava impedido. No minuto seguinte, após uma bela troca de
passes, Richarlison recebeu dentro da área, limpou a marcação e finalizou. A
bola tocou no pé do camisa 1 espanhol e bateu no travessão. Depois dos sustos,
a Espanha passou a ficar mais com a bola e cresceu na partida. O controle foi
premiado aos 15 minutos com o gol de empate. Na ponta direita, Bryan Gil tocou
para Carlos Soler, que cruzou para Oyarzabal. Nas costas de Daniel Alves, ele
pegou de primeira na bola, sem chances de defesa para Santos. Os europeus
seguiram superiores diante de um adversário que parecia desgastado fisicamente
e não fez nenhuma substituição no tempo regulamentar. La Roja ainda colocou
duas bolas no travessão, com Soler e Bryan Gil, mas o empate persistiu até o
fim, levando o jogo para a prorrogação.
Prorrogação
Após 90 minutos e
mais acréscimos, Jardine enfim mexeu na equipe na prorrogação. Malcom entrou no
lugar de Matheus Cunha e não só renovou o fôlego da Seleção como também passou
a criar as principais chances do Brasil, na ponta esquerda. E quando parecia
que o 1 a 1 não sairia do placar, repetindo o enredo da final da Rio-2016, foi
o camisa 17 quem decidiu. Aos dois minutos do segundo tempo, Malcom recebeu
ótimo lançamento de Antony, invadiu a área e chutou forte, cruzado. A bola
ainda tocou no goleiro espanhol, mas foi parar no fundo das redes. Depois
disso, a pressão espanhola não foi suficiente para furar o bloqueio brasileiro,
que garantiu o bicampeonato olímpico.
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