ELIMINATÓRIAS: Brasil vence Venezuela de virada e mantém 100%

Raphinha comandou a virada do Brasil sobre a Venezuela — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

Raphinha comandou a virada do Brasil sobre a Venezuela — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

08/10/2021 - 06h29

Se busca... motivação para as Eliminatórias? A brincadeira que norteou provocações entre brasileiros e argentinos ("se busca rival em Sudamerica") durante a última Copa América pode ser adaptada à situação que a Seleção vive na competição continental. A classificação já está para lá de praticamente garantida com 27 pontos - oito na frente do segundo colocado, 11 para o quarto lugar (último que leva vaga direto ao Catar) e Tite está em nova fase de experiências.

Da vitória de virada sobre a Venezuela (3 a 1), foi possível ver uma Seleção com baixa competitividade na primeira etapa. Não foi só o gramado escorregadio - que nocauteou Fabinho e Marquinhos para a cabeçada de Ramírez -, mas houve desatenção de Gerson, que perdeu duas bolas bobas no primeiro tempo, na passagem de Soteldo e menos combatividade ainda de Paquetá na cobertura, antes do gol.

Ainda que em marcha lenta na primeira etapa, a Seleção conseguiu criar dois lances de boa troca de passes, com mais de um minuto cada um, com paciência, construção e giro de lado a lado - veja em detalhes no vídeo abaixo.

Num deles - o de troca de passes de nove jogadores por 1min15seg -, Everton Ribeiro tentou Gabigol e a bola foi cortada. Deixou a dúvida: em jogo mais importante teria tentado o passe para seu companheiro ansioso para marcar ou teria finalizado direto?

A Venezuela nunca tinha terminado o primeiro tempo na frente do placar contra o Brasil. Mas não segurou o resultado. Em Eliminatórias, são 18 jogos, com 17 vitórias do Brasil e um empate. No geral, agora são 28 partidas, 24 triunfos brasileiros, três empates e uma derrota.

Tite chegou a comentar depois da Copa América de 2019 que sentiu motivação menor nos amistosos daquele fim de ano - o de piores resultados e desempenho com a Seleção, quando perdeu dois jogos (Peru e Argentina), empatou três (Colômbia, Senegal e Nigéria) e ganhou apenas da Coreia do Sul. O tema pode voltar à tona nestes últimos nove jogos das Eliminatórias.

Claro que há um antídoto natural, que foi visto no segundo tempo, principalmente. O da escalação de novidades, das chances. E neste cenário é normal de ver desentrosamento.

Foram mudanças na lateral (Guilherme Arana na vaga de Alex Sandro), no meio (Fabinho no lugar de Casemiro) e no ataque (com a dupla de Gabriéis), mas a maior diferença da primeira etapa foi da competividade baixa que se traduziu em falhas técnicas que não combinam com jogadores da categoria dos escolhidos de Tite.

Quatro atacantes na segunda etapa

O gol que saiu de pênalti em Gabigol veio após boa arrancada de Raphinha e tabela com Antony - os dois estreantes da noite. Com a dupla, Emerson e Vini Jr o Brasil ficou, obviamente, mais veloz e com novo fôlego. Buscou tabelas e envolveu a Venezuela com mais frequência. O jogo saiu do meio - onde invariavelmente se encontravam Paquetá, Ribeiro e Gerson, principalmente - para as pontas.

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  • por
  • Jornal Regional
  • FONTE
  • GE



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