O desempenho do crédito rural nos 11 primeiros meses da
atual safra agrícola (2019/2020), que vai do mês julho de 2019 a maio deste
ano, cresceu 33% e fechou o último mês totalizando R$ 207,56 bilhões. Os repasses
do benefício no mesmo período de 2019 foram de R$ 158,7 bilhões.
Os dados fazem parte do Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra
2019/2020, divulgados nesta semana pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento. Para o secretário de Política Agrícola, Eduardo Sampaio, “o
desempenho favorável das aplicações do crédito rural reflete a confiança do
produtor em sua atividade, apesar da ocorrência da Covid-19.”
Segundo o governo federal, essa modalidade de empréstimo consiste na
destinação de recursos para contratação de operações de crédito aos produtores
rurais e agricultores familiares para custeio da safra, investimentos em suas
propriedades ou apoio à comercialização de seus produtos ou industrialização.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirma que, diante da pandemia
do novo coronavírus, o governo federal está priorizando o apoio aos pequenos
produtores rurais, que são os mais afetados pela crise. “Estamos apreensivos
quanto ao impacto desta crise nas populações mais vulneráveis, por isso nossas
ações priorizaram os pequenos agricultores, agricultores familiares e as
comunidades tradicionais”, disse a titular da pasta.
De acordo com o ministério, do total de repasses referentes ao crédito
rural nesta safra, o maior montante se refere ao financiamento com as operações
de custeio (R$ 97,23 bilhões), que apresentou alta de 11% em relação à safra
anterior. Os investimentos somam R$ 45,98 bilhões (+18%) e industrialização R$
10,24 bilhões (+63%). O crédito de comercialização teve redução de 11%, e ficou
em R$ 20,92 bilhões.
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