O Grêmio sofreu, mas manteve sua invencibilidade pós-Copa América na noite deste sábado após empatar em 1 a 1 com o Palmeiras, na Arena, em partida válida pelo Brasileirão. Jogando com a equipe reserva, o Tricolor entrou em campo letárgico e sem capacidade de articulação, enquanto a equipe paulista, com menos desfaques, foi pragmática e compactada para fechar os os espaços defensivos e sair com velocidade no contra-ataque. Foi assim que Dudu, um dos poucos titulares em campo, fez o gol do duelo, aos 14 minutos do primeiro tempo.
A equipe de Renato Portaluppi mostrou-se apática na maior parte do tempo, demonstrando intensidade e criação na etapa complementar, quando o jovem Patrick entrou com boa movimentação o atacante Everton saiu do banco para a alegria da torcida. Encontrado brechas na defesa paulista, aos 42 minutos da parcial final, o zagueiro David Braz mandou uma chutasso de fora da área, no ângulo, para deixar tudo igual. O goleiro Weverton apenas olhou, sem chances de defender.
Com o resultado, o Grêmio termina a noite em 12º lugar com 18 pontos, mas pode cair na tabela. A próxima partida do Tricolor é justamente contra o Palmeiras, em Porto Alegre, pelas quartas de final da Libertadores, na terça-feira. O duelo, contudo, será com as duas equipes com força máxima e promessa de casa cheia, diferente de hoje, quando o público registrado foi de 14.777 pessoas.
Grêmio sem criatividade no meio campo
Sem suas principais peças no meio de campo e com zaga totalmente reserva, o Grêmio começou o jogo lento e com pouco rendimentos de criação. O Palmeiras se impôs, sustentando-se nas roubadas de bola na faixa central e nas saídas rápidas para o ataque. Já no primeiro minuto, Hyoran deu as caras e foi à linha de fundo após passar com facilidade por Leo Moura. A zaga afastou de cabeça o cruzamento. A jogada veloz ditou o que seria a tônica do confronto: a equipe de Felipão apostando na agilidade de seus homens de ataque.
Por conta disso, os visitantes até deixavam os donos da casa ingressarem em sua metade do campo, recuando a marcação, para realizar o desarme e partirem em velocidade. Foi assim que eles abriram o placar aos 14 minutos. Em um contra-ataque, Hyoran acionou Dudu pela esquerda. O camisa 7 que driblou David Braz e adentrou na área. Com liberdade, chutou de pé esquerdo, colocado, no canto direito, sem chances para Júlio César fazer a defesa.
A equipe de Renato, assim como em outros duelos, até teve mais posse de bola (foram 66% ao fim do primeiro tempo), mas a capacidade reduzida de articulação na intermediária dava origem a jogadas sem objetividade. Com isso, os atletas passaram a buscar chutes de média e longa distância: aos 20, Luan arriscou após limpar o marcador – a bola a muito e vai direto pela linha de fundo -, e, aos 23, Leo Moura mandou uma bomba do meio da rua, passando por cima da goleira.
Enquanto isso, os palmeirenses continuavam a avançar com naturalidade pelas costas dos laterais. Hyoran correu pela esquerda, entortou David Braz e limpou a marcação de Léo Moura. Finalizou fraco, nas mãos do goleiro. O lateral esquerdo do Tricolor ainda errou recuo para Júlio César aos 31 minutos, deixando Borja cara a cara com o colega. O colombiano tentou driblar o arqueiro, que deu um toque fundamental para evitar o segundo gol.
Os adversários chegaram a balançar a rede mais uma vez, novamente em um golpe de celeridade, mas a o lance foi anulado. Dudu puxou o contra-ataque pelo meio e encontrou Borja, em posição de impedimento, pela direita. Ele cruzou para Hyoran, que cabeceou livre de marcação, e sem pular, no canto. Foi somente após a conclusão do lance, seguindo as recomendações da CBF, que o bandeirinha invalidou o tento. O Palmeiras seguiu acumulando chances, pecando no toque final, enquanto o Grêmio, ensaiava, tímido, alguma reação.
Segundo tempo lento, mas nem tanto
Buscando alternativas para combater a indolência de sua equipe, Renato apostou para a etapa complementar em Patrick no lugar de Darlan. A partida recomeçou truncada, com os times trocando a posse de bolas e sucessivas faltas de ataque. A primeira boa chance do Tricolor na partida se deu em um toque em profundidade do recém escalado para Pepê. O passe foi muito longo e o atacante dividiu com Weverton, que ficou caído. Repetindo a fórmula do primeiro tempo, o Palmeiras, objetivo, chegou bem aos nove minutos com a dobradinha Dudu e Hyoran, que ingressou com facilidade na área, mas teve chute travado por David Braz.
Já o Grêmio se apresentou um pouco mais ligado, buscando – e encontrando – espaços principalmente pela direita. Thaciano protagonizou pelo drible ao se esquivar de três marcadores e achar Leo Moura na área. O capitão no duelo de hoje finalizou mal, nas mãos do goleiro, como se fosse um recuo. Aos 16 minutos, Patrick recebeu dentro da área e aplicou um lençol em Gustavo Gómez, que se recuperou e conseguiu travar a finalização. Aos poucos, o Tricolor começou a gostar da partida, embora a apatia e a previsibilidade continuasse.
Everton foi lançado no lugar de Luan aos 27 para dar roupagem nova ao meio campo e Luciano fez sua estreia na Arena substituindo Leo Moura, que saiu de maca aos 31, direto para o vestiário. Consciente de que o tempo passava e com Cebolinha em campo, o Tricolor avançou a marcação para partir para cima e a aplicar mais intensidade.
Golaço para garantir o empate
Colocando pressão nos minutos minutos finais, o zagueiro David Braz mandou uma bomba do meio da rua para deixar tudo quando o relógio marcava 42 minutos. A bola fez uma curta e encontrou o ângulo, sem chance nenhuma para o goleiro. Os palmeirenses reclamaram da origem do lance, um lateral para o Grêmio, que entendiam que deveria ser deles. A abitragem deu seis minutos de acréscimos, que foram os mais disputados da partida. Apesar da correria, o placar encerrou-se com um empate.
Grêmio 1 x 1 Palmeiras | Brasileirão 2019
Gols: Dudu (14"/'ºT), David Brazil (42"/'ºT)
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