imagem: ND+/PMSC
A Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) aprovou na tarde desta terça-feira (16) a proposta do governo de Santa Catarina para a reposição salarial dos servidores das segurança pública – policiais civis, militares, bombeiros e membros do IGP (Instituto Geral de Perícias).
Duas emendas foram apresentadas: a primeira visava retirar o aumento salarial proposto aos alunos do CFO (Curso de Formação de Oficiais) e a outra alterar os coeficientes de reposição, propondo o chamado “reajuste linear” – projeto esse que motivou protesto de diversos servidores favoráveis durante a sessão. Ambas foram rejeitadas.
Assim a reposição da categoria
ocorre conforme o texto enviado pelo governo de Santa Catarina. A votação
ocorreu em dois turnos e todos os deputados presentes foram favoráveis. O
projeto é um dos vários enviados pelo governo de Santa Catarina para corrigir
as perdas inflacionárias do funcionalismo público catarinense.
O governo de Santa
Catarina estabelece coeficientes de reajuste para os diferentes cargos das
corporações. Agora o valor do novo salário é definido multiplicando os
coeficientes estabelecidos no projeto pelo salário da tabela, previsto pela lei
complementar nº765, de outubro de 2020.
Os aumentos serão
aplicados em duas partes: há categorias que receberão o reajuste em
janeiro de 2022 e outras que terão que esperar até julho de 2022. O governo de
SC estima um custo de R$ 657 milhões para de 2022 e de R$ 875 milhões para de
2023 e 2024. Cerca de 17, mil servidores ativos e 12,9 mil servidores inativos
serão beneficiados.
O ponto que mais
gerou polêmica foi o terceiro artigo, referente ao salário pago ao aluno do CFO
(Curso de Formação de Oficiais). Com a aprovação, o valor passa de R$4,7 mil
para R$16,3 mil, triplicando a remuneração. Parlamentares tentaram derrubar o
trecho, mas o artigo acabou mantido após 22 votos favoráveis e 15 contrários.
“O nosso trabalhador público foi
tarifado em 14% [reforma da previdência]. Se precisou machucar o pequeno
trabalhador, aonde está todo esse dinheiro? É um escândalo colocar R$11 mil na
conta de alguém que está estudando”, argumentou Laércio Schuster (PSB), um dos
parlamentares contrários ao projeto.
O deputado estadual
José Milton Scheffer (PP), favorável, defendeu que a remuneração proposta pelo
governo condiz com a legislação pois cria alinhamento entre carreiras: o
salário do aluno-oficial é superior ao do subtenente, assim como sua
remuneração está correlacionada à de aspirante a oficial.
Assim como a
primeira, a proposta da reposição linear fora derrubada durante a tramitação
nas comissões e foi apreciada novamente em plenário. Ao invés dos coeficientes
definidos no texto original, a proposta do deputado Jessé Lopes (PSL) planejava
conceder um valor fixo de aumento a todos os profissionais.
A emenda foi
rejeitada pois ia de encontro com o negociado pelo governo de Santa Catarina e
as associações que representam a segurança pública durante a formulação do
projeto, argumentaram os deputados favoráveis. “O projeto que veio para cá é
fruto de acordo e acordo tem que ser cumprido”, ressaltou o deputado estadual
Milton Hobus (PSD).
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