A Federação das Indústrias de SC manifestou
ao governo do Estado, neste sábado (27), preocupação com um eventual fechamento
das atividades econômicas. É uma reação à recomendação
de lockdown por 14 dias, feita na sexta-feira (26), pelo
Ministério Público estadual e outras instituições.
O posicionamento da Fiesc coincide com o das demais entidades que integram o Cofem (Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina). Em ligação ao governador Carlos Moisés (PSL), na manhã deste sábado (27), o presidente Mario Cezar de Aguiar “argumentou que o trabalho nas indústrias é seguro e que a atividade industrial é essencial, inclusive para gerar os recursos necessários para combater a pandemia”.
“A vida está sempre em primeiro lugar. Não há contradição entre a manutenção da atividade fabril e a proteção à saúde das pessoas. Os profissionais estão seguros dentro das fábricas, pois os protocolos são rigorosos e seguidos à risca”, diz Aguiar.
“A disseminação do vírus ocorre em outras circunstâncias e, por isso, o mais importante neste momento é a observância dos protocolos, especialmente no que se refere a evitar as aglomerações, o que exige a consciência das pessoas quanto ao momento crítico da pandemia”, acrescentou Aguiar, lembrando que a eficácia dos lockdowns têm sido questionada internacionalmente.
A Facisc (Federação das Associações Empresariais de SC), que congrega 148 associações empresariais e mais de 34 mil empresas, também manifestou posição contrária a um lockdown prolongado.
Para o presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, é necessário primeiro avaliar os resultados alcançados com o decreto em vigor, que fechou as atividades não essenciais neste sábado (27) e domingo (28) e no próximo fim de semana. “Vamos aguardar os resultados do atual decreto para depois, caso não tenha surtido efeito desejado adotar medidas mas duras”, disse Sérgio.
A Fetrancesc (Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de SC) considerou que o lockdown aos finais de semana “um ato responsável”. Argumentou que “é durante este período em que ocorrem efetivamente as aglomerações e consequentemente as contaminações”.
De acordo com a entidade, “não se pode atribuir a
responsabilidade total ao ambiente de trabalho como sendo nele unicamente que
ocorrem as contaminações”.
A Fampesc também
se posicionou sobre a recomendação de lockdown por 14 dias.
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