Entenda o que foi o ‘minitsunami’ que atingiu praia de Florianópolis

08/02/2021 - 08h52

Banhistas flagraram, neste sábado (6), ondas entre dois e três metros na praia do Santinho, em Florianópolis. Na ocasião, a surpresa aconteceu por causa de uma movimentação diferente, já que o mar havia recuado e, logo em seguida, invadiu rapidamente e com força a orla da praia.

O meteorologista da Epagri/Ciram Marcelo Martins explica que, na verdade, trata-se de uma ocorrência de ressaca, comum durante passagens de ciclones extratropicais, já que eles atuam como um “mega ventilador”, fazendo uma “pista de vento”. A intensidade, porém, depende da proximidade do sistema ao largo da costa.

“Acontece em todos os lugares do mundo onde há associação de frente fria”, explica o meteorologista. No final da última semana, a Defesa Civil de Santa Catarina havia emitido alerta em relação à aproximação do sistema no Estado.

“Neste caso, teve a ver com o ciclone extratropical na Costa Sul do Brasil, que causa ressaca.  A gente chama de maré meteorológica, que fica acima da maré astronômica”, comenta. A maré astronômica, segundo Martins, é justamente “a que acontece todo dia, uma maré que sobe e desce e é que tabelada”.

Registros

Não foi só na praia do Santinho que a situação foi observada. Na praia da Joaquina, por exemplo, a água também tomou conta da faixa de areia, levando pertences de banhistas e assustando moradores. O mesmo aconteceu na praia do Açores, no Pântano do Sul, no início da tarde de sábado.

Por questões geográficas, em algumas localidades, porém, o fenômeno foi mais pronunciado. “Em praias que são viradas para o oceano, como o Santinho, Ingleses, Brava e praia do Campeche, a água sobe mais com a ressaca do que no Sambaqui, por exemplo”, explica.

A tendência é de condições marítimas mais calmas no decorrer da semana, de acordo com Martins, que lembra que a Terra gira de oeste para leste. “O próprio movimento da Terra empurra cada vez mais o ciclone extratropical para o mar”.

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  • Jornal Regional



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