07/06/2019 - 11h21
O mel produzido em Santa Catarina já venceu
cinco títulos de melhor do mundo no congresso da Federação Internacional
de Associações de Apicultores (Apimondia). As razões para o sucesso da
apicultura catarinense são tão numerosas quanto as medalhas conquistadas pelos
produtores do Estado. Tudo começa com as condições geográficas de Santa
Catarina, que garantem não só um produto de qualidade superior como uma
produtividade por quilômetro quadrado mais de 12 vezes acima da média nacional.
"Como nosso relevo é bastante acidentado, há algumas áreas que não são
praticáveis para a lavoura, mas para a apicultura é o ideal. Há uma ampla
variedade de mata nativa, uma flora apícola muito diversificada e inúmeros
tipos de solo, vários microclimas nas regiões", explica o extensionista
rural da Divisão de Estudos Apícolas da Epagri, Rodrigo Durieux da Cunha.
Outro fator, segundo ele, é a capacidade técnica dos apicultores
catarinenses. Eles têm disposição para aprimorar as técnicas de cultivo.
"Há um trabalho muito intenso da Epagri, junto de outras instituições,
como a Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa
Catarina (Faasc) e instituições de ensino e pesquisa, para qualificar o
cultivo, aumentando a produtividade e a qualidade", afirma o extensionista.
A apicultura catarinense
Santa Catarina tem 9 mil famílias rurais trabalhando com abelhas e 323 mil
colmeias. O Estado tem a melhor produtividade do país, uma média de 68 quilos
por quilômetro quadrado, contra cinco quilos no restante do Brasil.
De acordo com a edição mais recente do Inventário da Apicultura
Catarinense, de 2016, 289 municípios catarinense têm alguma produção de mel. Os
maiores produtores são, nesta ordem, Bom Retiro, Içara, Urubici, Santa
Terezinha, Fraiburgo, São Joaquim e Anitápolis.
Além do mel, outros produtos da apicultura catarinense são pólen, própolis, cera bruta, núcleos, rainhas e apitoxina. A polinização também é importante, por exemplo, para o cultivo de macieiras.
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