O grande volume de
chuva nos últimos dias causa apreensão e deixa em alerta diversas regiões de
Santa Catarina. De acordo com os meteorologistas, essa situação é causada por
uma série de fatores. A explicação é de uma convergência de fluxos que trazem
umidade, associada à atuação de sistemas de baixa pressão e uma maior
temperatura das águas do oceano próximas à costa catarinense.
Segundo o
meteorologista-chefe da Defesa Civil estadual, Murilo Fretta, dois fluxos de
umidade chegaram ao Estado nos últimos dias, um vindo da Amazônia, com direção
noroeste, e outro vindo do oceano Atlântico. Eles foram impactados por dois
sistemas de baixa pressão, denominados de cavado e vórtice ciclônico, que
jogavam esta umidade para os níveis mais altos da atmosfera, provocando o
aumento da quantidade de água precipitável.
“Toda essa convergência
estava principalmente sobre o litoral de Santa Catarina. O calor e o aumento da
umidade favorecem o desenvolvimento de nuvens e a consequente queda da chuva.
Outro fator que também influencia é o relevo da região”, explica Fretta.
Segundo o meteorologista,
em Santa Catarina persiste a chuva ao longo desta semana, por conta da alta
umidade e dos sistemas de baixa pressão. A diferença é que elas devem ocorrer
principalmente em forma de pancadas e temporais, com a possibilidade de altos
volumes em espaços curtos de tempo. As regiões da Grande Florianópolis, do Vale
do Itajaí e do Litoral Norte seguem em alerta de risco máximo para
deslizamentos.
“A orientação é que
a população siga atenta aos avisos da Defesa Civil e comuniquem as autoridades
ao menor sinal de perigo ou de alterações no solo. O momento é de atenção e
temos nossas equipes mobilizadas para atender a população”, salienta o
meteorologista.
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