Um grupo de
entidades da área da saúde se uniu para pedir que o SUS receba mais verba no
ano que vem. O pedido do Conselho Nacional de Saúde (CNS) é que o
orçamento emergencial que vigorou em 2020 por conta da pandemia do novo
coronavírus seja prorrogado para 2021. Isso porque, em janeiro, com o fim do
“orçamento de guerra” a verba disponível para o setor vai cair em R$ 35
bilhões.
Além do CNS, a
campanha é apoiada pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
(Conasems). De acordo com a entidade, o próximo ano ainda será
marcado pelas consequências da pandemia, com pacientes que precisarão de
acompanhamento por conta das sequelas da covid-19. Além disso, as pessoas
deixaram de ir ao hospital e de fazer exames durante a crise, o que deve
aumentar a demanda pelos serviços de saúde no próximo ano.
Na prática, as
entidades pedem que o teto de gastos, definido pela Emenda Constitucional
95/2016, seja contornado para permitir mais investimentos para a saúde no
pós-pandemia.
Nas últimas semanas
o aumento dos gastos além do que é permitido pelo teto gerou uma crise no
governo federal. Enquanto alguns ministros defendem a expansão dos gastos para
propiciar maiores investimentos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que
burlar o teto de gastos pode levar o presidente Jair Bolsonaro a uma “zona de
impeachment”.
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