O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério
Marinho, afirmou nesta terça-feira (9) que o eSocial só funcionará até janeiro de 2020.
Segundo o secretário, a partir do ano que vem o eSocial será substituído por
outros dois sistemas: um da Receita Federal e outro de Trabalho e Previdência.
O eSocial é uma plataforma de registro informações
para o cumprimento de obrigações trabalhistas, tributárias e previdenciárias.
"O fato de ser dois sistemas não quer dizer que
vai aumentar a complexidade. Serão dois sistemas bem mais simples, esse é o
nosso compromisso", disse o secretário.
O secretário Rogério Marinho afirmou ainda que com a
aprovação da chamada MP da "liberdade
econômica" o governo vai criar a carteira de trabalho
digital. O sistema eletrônico substituirá a carteira de trabalho de papel.
Segundo o secretário, a instituição da carteira de trabalho digital está
prevista no relatório do deputado Jerônimo Goergen, relator da MP. A previsão é
que a carteira de trabalho eletrônica comece a ser implantada em setembro deste
ano.
Menos
informações
O secretário de Trabalho, Bruno Dalcom, destacou que a
intenção é cortar as informações exigidas das empresas no eSocial de 900 para
cerca de 500 nos próximos meses.
Ele destacou que informações como título de eleitor,
número da carteira de identidade e informações de saúde e segurança do trabalho
deixarão de ser exigidas.
Entre as informações que serão mantidas está a
comunicação de acidentes de trabalho e informações de folha de pagamento,
férias, Rais e Caged, por exemplo.
O governo não informou, no entanto, quantas
informações devem ser exigidas no novo sistema que entrará em vigor em janeiro
de 2020.
Pequenas
empresas
Até janeiro de 2020, as micro e pequenas empresas não serão
obrigadas a aderir ao eSocial. A partir dessa data, ingressarão diretamente no
novo sistema.
Dalcom destacou que as empresas que fizeram
investimentos para a implantação do eSocial não serão prejudicadas.
“As empresas que já entraram no eSocial não serão prejudicadas. O novo programa
será formulado respeitando os investimentos feitos por essas empresas em
tecnologia e capacitação de mão de obra”, afirmou.
Além disso, no novo sistema haverá diferença entre o
programa usado por médias e grandes empresas e o usado por micro e pequenas
empresas.
Simplificação
O secretário afirmou ainda que até ser extinto, em janeiro de
2020, o eSocial será simplificado. Ao longo dos próximos meses as informações
exigidas no sistema serão reduzidas em 40% a 50%.
"Ao longo dos próximos seis meses vamos manter o
sistema com essas inovações. A partir de janeiro de 2020 estaremos apresentando
uma nova plataforma", disse.
eSocial
O eSocial é uma ferramenta que reúne os dados trabalhistas,
fiscais, previdenciários das empresas em uma só plataforma. No início, somente
patrões de empregados domésticos eram obrigados a usar o eSocial.
A partir de janeiro deste ano, empregadores do Simples
Nacional (incluindo MEI), empregadores pessoa física (exceto
doméstico), produtor rural PF e entidades sem fins lucrativos foram obrigados a
aderir ao sistema.
Desde julho do ano passado, empresas de médio porte
(que faturam entre R$ 4,8 milhões e R$ 78 milhões) passaram a ter que enviar seus
dados ao sistema, que já era obrigatório desde janeiro para as
grandes. E desde novembro de 2018, as micro e pequenas e os MEI
(microempreendedores individuais) também passaram a ser obrigadas a usar o
sistema.
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