Foto: Ricardo Wolffenbüttel/ SECOM
Em reunião extraordinária da Comissão Intergestores
Bipartite (CIB) de Santa Catarina, realizada na tarde desta quinta-feira, 16, o
Estado, em conjunto com os municípios catarinenses, decidiu antecipar a
aplicação da segunda dose da vacina da Pfizer de 12 para 8 semanas, seguindo a
orientação do Ministério da Saúde. As doses serão encaminhadas a partir da
próxima segunda-feira, 20, e os municípios deverão organizar as estratégias de
vacinação, considerando o novo prazo.
Atualmente, Santa Catarina possui armazenado na Rede de Frio
um total de 303.0320 doses da Pfizer para aplicação da segunda dose (D2),
quantitativo suficiente, neste momento, para realizar essa antecipação de pessoas
que receberam a primeira dose até dia 21 de julho.
Adolescentes
A vacinação dos adolescentes de 12 a 17 anos de idade em
Santa Catarina será mantida, priorizando aqueles portadores de comorbidades,
deficiência permanentes, gestantes, puérperas, lactantes e sob medidas sócio
educativas. Para isso, deverá ser utilizada a vacina do laboratório Pfizer,
único autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para
ser utilizado nesse grupo etário.
A decisão foi baseada em posicionamento da Organização
Mundial da Saúde (OMS), que indica a aplicação da vacina em adolescentes, tendo
em vista que testes demonstraram alta eficácia e boa segurança da vacina Pfizer
neste grupo etário. Além disso, ainda de acordo com a OMS, evidências sugerem
que os adolescentes têm tanta probabilidade de transmitir a Covid-19 quanto os
adultos.
Durante a reunião, o superintendente de vigilância em saúde,
Eduardo Macário, destacou que a vacinação dos adolescentes é necessária,
importante e que não existe nenhuma contraindicação de vacinação deste público
com doses da vacina Pfizer, já aprovada pela Anvisa para essa aplicação.
“Apesar dos adolescentes terem menor probabilidade de evoluir
para formas graves da doença e até mesmo morrer por Covid-19, dados do
Ministério da Saúde demonstram que, somente em 2021, ocorreram aproximadamente
1.300 óbitos de crianças e adolescentes no Brasil decorrente da Covid-19. Além
disso, a vacinação deste público é essencial para que haja controle da
circulação do vírus e também para prevenir que os jovens, caso acometidos pela
doença, não carreguem sequelas da Covid-19 por toda a vida”, assinalou o
superintendente.
Os membros da Comissão também votaram por elaborar um
documento solicitando apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(CONASS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) para
que o Ministério da Saúde reconsidere a decisão de suspender a vacinação dos
adolescentes, tendo em vista a importância de imunizar este grupo.
Entenda o caso
Na noite da última quarta-feira, 15, o Ministério da Saúde
enviou Nota Informativa aos estados brasileiros recomendando que as vacinas
contra a Covid-19 do fabricante Pfizer sejam aplicadas somente nos adolescentes
de 12 a 17 anos que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que
estejam privados de liberdade, apesar da autorização pela Anvisa do uso da
Vacina Cominarty (Pfizer/Biontech) para os adolescentes. Desta forma, segundo a
Nota Informativa do MS, fica suspensa a aplicação da vacina Pfizer em
adolescentes que não façam parte de nenhum grupo prioritário.
Notificar e investigar eventos adversos pós-vacinação (EAPV)
é norma do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e assumem fundamental
importância diante da utilização de novas vacinas. Sintomas indesejáveis entre
outros eventos inesperados após vacinação devem ser notificados e
investigados. Diante da notificação de EAPV grave, associado à óbito, o
PNI pode determinar eventualmente a suspensão temporária ou até mesmo
definitiva do uso da vacina envolvida, dependendo da elucidação do caso.
Doses de outros fabricantes aplicadas em adolescentes
Com relação às doses dos laboratórios AstraZeneca/Fiocruz,
Sinovac/Butantan e Janssen, que teriam sido aplicadas inadvertidamente em
adolescentes de 12 a 17 anos, conforme informação divulgada pelo Ministério da
Saúde nesta quinta, 16, a Secretaria de Saúde de Santa Catarina esclarece que
os dados de vacinação já estão sendo levantados pela Diretoria de Vigilância
Epidemiológica (DIVE) para envio aos municípios que devem apurar a
situação.
Caso tenha ocorrido erro de registro, os municípios devem
fazer a correção no sistema; já no caso de doses aplicadas indevidamente, os
municípios devem realizar o registro desta aplicação no sistema do Ministério
da Saúde como Erro de Imunização, e realizar o acompanhamento desses
adolescentes.
>>>PARTICIPE DO GRUPO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook