(foto: Ricardo Saporiti)
A Federação das Indústrias (FIESC) analisou a situação de 22
rodovias estaduais que cortam as regiões Oeste e Extremo-Oeste de Santa
Catarina e totalizam 878 quilômetros.
Entre os trechos considerados
mais críticos estão as SCs: 283 (Mondaí-Palmitos, Arvoredo-Seara e
Seara-Arabutã); 155 (Xanxerê-Xavantina, Bom Jesus-Abelardo Luz), 480
(Xanxerê-Bom Jesus); 482 (Galvão-Coronel Martins); 305 (São Lourenço do
Oeste-Campo Erê); 161 (Anchieta SC-305 a Serra do Sul, na divisa com a BR-280,
no Paraná); 492 (Maravilha-Santa Terezinha do Progresso); 496 (Tunápolis-Beato
Roque/trecho em processo de implantação); 163 (Iporã do Oeste-Itapiranga) e 350
(Abelardo Luz-Passos Maia/implantação prevista, mas ainda não iniciada).
A análise foi apresentada pelo
engenheiro Ricardo Saporiti, consultor da FIESC, nesta quarta-feira, dia 6, em
reunião da Câmara de Transporte e Logística da entidade. Nos trechos mais
críticos, o levantamento mostra trincamentos e desagregação do pavimento,
buracos e afundamentos e trilhas de roda. O levantamento foi realizado pelo
engenheiro Ricardo Saporiti, que percorreu as rodovias de 1° a 8 de maio.
“Apesar dos esforços do
governo do estado, que elevou significativamente os investimentos na malha
rodoviária, o estudo apresentado traduz a falta de uma política de estado, um
programa de manutenção e conservação rotineira e preventiva do patrimônio
rodoviário estadual, que a FIESC tem defendido ao longo dos anos”, diz o
presidente da Federação, Mario Cezar de Aguiar. “No entanto, constatamos que a
situação vem piorando ao longo do tempo, durante várias gestões do governo do
estado, resultando na necessidade de restauração para mais de 60% da malha.
Restaurar custa quatro vezes mais do que manter. O pavimento possui vida útil e
sofre com a ação do tempo, excesso de carga e pelo uso contínuo”, acrescenta.
Conforme dados oficiais, nos
últimos 40 meses, o governo de SC investiu R$ 307,2 milhões em manutenção e
restauração de rodovias, ou seja, uma média de R$ 92,2 milhões por ano. Esse
valor corresponde a 0,44% do patrimônio rodoviário catarinense. No entanto,
tecnicamente, o percentual recomendável é de, no mínimo, 1% ao ano. Isso
equivale a R$ 210 milhões por ano, considerando que a malha rodoviária estadual
tem 8.345 quilômetros, com valor patrimonial estimado em R$ 21 bilhões.
(Confira os gráficos abaixo).
Aguiar lembra que as condições
das rodovias provocam acidentes, com perda de vidas, além de afetarem o custo
de logística da indústria catarinense, que é superior à media nacional e ao de
países como os Estados Unidos.
Durante a reunião, o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Alexandre Martins, apresentou as ações do governo para a recuperação das rodovias estaduais, incluindo duplicação, restauração, travessias urbanas, tratamento de pontos críticos, levantamento visual contínuo, contratação de conserva, intervenção funcional, sinalizações, obras especiais e contenções. Além disso, Martins informou que a secretaria tem 23 obras em andamento ou em licitação para pavimentação de 400 quilômetros de rodovias estaduais não asfaltados.
Rodovias Estaduais com Manutenções Críticas – Oeste de SC
SC- 283 | Mondaí/ Riqueza/ Caibí/ Palmitos Arvoredo/ Seara Seara/ Arabutã |
SC- 155 | Xanxerê/ Linha das Palmeiras/ Xavantina Bom Jesus/ Abelardo Luz |
SC- 480 | Xanxerê/ Bom Jesus |
SC- 482 | Galvão/ Coronel Martins |
SC- 305 | São Lourenço do Oeste/ Presid. Juscelino/ Campo Erê |
SC- 161 | SC-305 ( Anchieta)/ Palma Sola/ Serra do Sul (BR-280/PR) |
SC- 492 | Maravilha/ Tigrinhos/ Sta. Terezinha do Progresso |
SC- 496 | Tunápolis/ Beato Roque ( Implantação/ Pavimentação) |
SC- 163 | Iporã do Oeste/ Itapiranga |
SC- 350 | Abelardo Luz/ Passos Maia ( Implantação/ Pavimentação) |
Fonte: FIESC
Conservação Rodoviária
Ano | Investimento |
2019 | R$ 25.769.606,70 |
2020 | R$ 74.802.783,29 |
2021 | R$ 88.221.103,62 |
2022* | R$ 118.427.847,02 |
Total | R$ 307.221.340,63 |
Média Investida por ano | R$ 92.166.402,19 |
% anual sobre o patrimônio | 0,44% |
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