O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, resolveu baixar um pouco a expectativa criada em torno da cloroquina, medicação de tratamento de malária que tem sido testada em casos graves de pacientes com covid-19.
Na última quinta-feira (2), Mandetta disse que os primeiros testes científicos com uso de cloroquina começam a mostrar resultados positivos e que a “ciência começa a achar o caminho” no combate à doença.
Porém, nesta sexta-feira (03), Mandetta disse que, após uma reunião com médicos especialistas que o resultado não é tão promissor. O trabalho científico foi publicado pelo New England Journal of Medicine, dos Estados Unidos.
“O ‘paper’ é muito frágil no
caso de cloroquina”, disse Mandetta, ao se referir ao trabalho científico.
A cloroquina tem sido
defendida pelo presidente Jair Bolsonaro como um remédio eficiente para
combater a doença. Nesta semana, sem a presença de Mandetta, Bolsonaro se
reuniu com um grupo de médicos para tratar sobre o assunto.
Reunião e tratamento com
cloroquina
No entanto, Mandetta não
mencionou a reunião, mas deu seu recado a Bolsonaro e àqueles que estiveram com
o presidente. “Estou trabalhando com pouca gente, mas normalmente os ‘cabeças
brancas’ aqueles que têm mais tempo e vivência, não só de sistema, mas de
medicina, onde a gente está discutindo algumas possibilidades em tempos de
tantas incertezas.”
Por outro lado, Mandetta disse
que o Ministério da Saúde vai oferecer aos médicos do País a possibilidade de
utilizarem a cloroquina. No entanto, diferente do que vem acontecendo, o
medicamento será oferecido para casos que não estão em situação grave.
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