Foto: Divulgação/AFP
Os Estados Unidos
fornecerão 20 milhões de doses adicionais de vacinas contra a Covid-19 para
outros países até o final de junho, elevando o total destinado ao exterior
para 80 milhões de doses. O anúncio foi feito pelo presidente
americano, Joe Biden, nesta segunda-feira (17).
“Hoje anunciamos
que vamos dividir doses da Moderna, Pfizer e Johnson & Johnson com o
resto do mundo”, anunciou o presidente americano. “Os Estados Unidos vão
compartilhar pelo menos 20 milhões dessas doses”, acrescentou. “É cinco vezes
mais do que qualquer país já tenha dado até hoje”, insistiu. “Mais do que a
China ou a Rússia”, disse. Ele assegurou que os Estados Unidos não estavam
distribuindo as vacinas para obter “o que quer que seja” em troca.
No fim de
abril, Washington se comprometeu a fornecer para outros países 60 milhões de
doses da AstraZeneca, mas o imunizante ainda não recebeu a autorização para uso
das autoridades americanas. Três vacinas contra a vacina Covid-19 foram
validadas no país: Pfizer/BioNTech, Moderna e Johnson & Johnson.
Os países do G7 e
os membros da União Europeia (UE) seriam capazes de doar mais de 150 milhões de
doses de vacinas contra a Covid-19 para países desfavorecidos, a fim de
tentar aliviar as desigualdades no acesso aos imunizantes, disse o Unicef neste
domingo (16).
Essa quantidade
poderia ser alcançada se o grupo dos sete países mais ricos do mundo – cujos
líderes se reunirão em junho em cúpula na Inglaterra – e os membros da União
Europeia compartilhassem apenas 20% de suas reservas de vacinas em junho, julho
e agosto.
É o que indica um
estudo realizado pela Airfinity, um escritório especializado em análise de
dados científicos, financiado pela filial britânica do Unicef. “E eles poderiam
fazer isso cumprindo os compromissos de vacinação de sua própria população”,
esclareceu Henrietta Fore, diretora-geral da agência da ONU.
As vacinas contra o
novo coronavírus continuam escassas devido à produção insuficiente,
enquanto o mecanismo internacional Covax, implementado para tentar evitar
que os países ricos fiquem com a maioria das doses, está longe de realizar a
distribuição que previa.
O sistema Covax foi
estabelecido pela Aliança Global de Vacinas (Gavi), as Nações Unidas (ONU) e a
Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi).
Pfizer poderá
ficar um mês de geladeira, diz agência europeia
A Agência Europeia
de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) informou nesta segunda-feira
(17) que a vacina da Pfizer/BioNTech pode ser conservada no
refrigerador por até um mês. A medida deve faciltiar sua aplicação na
União Europeia (UE).
O período de
armazenamento sob refrigeração dos frascos fechados da vacina são, desta forma,
prolongados em relação aos cinco dias iniciais, acrescentou a agência europeia.
“Esta mudança
amplia o período de armazenamento aprovado do frasco descongelado de 2º a
8ºC de cinco dias a um mês (31 dias)”, explicou a agência europeia. “Espera-se
que o aumento da flexibilidade no armazenamento e na manipulação da vacina
tenha um impacto significativo no planejamento e na logística” da vacinação,
acrescentou o órgão.
Em março, a EMA
informou que os frascos podiam ser armazenados em congeladores convencionais
antes de permitir sua conservação em frigoríficos por curtos períodos de tempo.
O laboratório alemão BioNTech, que desenvolveu a vacina com o americano Pfizer,
assegurou que a mudança se baseia em novos dados de estudos que confirmam a
“qualidade” do produto durante “31 dias”.
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