O “Comitê de Crise”
do coronavírus, instituído por meio de Decreto Municipal nesta segunda-feira
(16), anunciou, durante coletiva de imprensa realizada durante a tarde, no
Salão Nobre da Prefeitura, uma série de medidas de prevenção e contenção à
doença, a serem adotadas a partir desta data. Compete
ao Comitê, monitorar e indicar as medidas necessárias para o enfrentamento da
pandemia do COVID-19 ao Chefe do Poder Executivo.
Até o momento, São
Miguel do Oeste não contabiliza nenhum caso oficialmente suspeito da doença,
mas projeções de autoridades da saúde apontam risco iminente de contaminação,
tendo em vista os padrões de proliferação observados. O vice-prefeito, Alfredo Spier, explica que o Decreto tem
validade de 45 dias, podendo ser prorrogado enquanto perdurar a
necessidade de enfrentamento da pandemia.
Entre as principais
decisões, está a suspensão de alvarás de eventos e a cedência de prédios
públicos para qualquer modalidade de reunião com a participação de 40 pessoas
ou mais em espaços fechados, ou 200 pessoas ou mais em locais abertos. Entre os
eventos diretamente afetados, estão o São Miguel Tchê e o Motocão. O programa
“Gabinete em Movimento”, da Administração Municipal, e o projeto “Palco
Aberto”, também estão suspensos temporariamente. As aulas na rede municipal de
ensino, por enquanto, estão mantidas.
As reuniões que envolvam população de alto risco,
como idosos e pacientes com doenças crônicas, devem ser suspensas, assim como o
gozo de férias dos servidores da Secretaria Municipal de Saúde, devendo aqueles
que se encontram nessa situação retornar às suas atividades.
O coordenador do “Comitê de Crise”,
enfermeiro Marcos Bortolanza, da Vigilância Epidemiológica, teve um problema
súbito de saúde durante a Coletiva, e o evento teve andamento com orientações
de outro integrante do órgão, o médico Antonio Duarte.
Ele salienta que pessoas que venham regressar
do exterior e dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, bem como
aqueles que tenham contato ou convívio direto com casos suspeitos ou
confirmados, deverão permanecer em isolamento domiciliar pelo período de sete
dias, se assintomáticas, e de 14 dias, caso apresente sintomas (febre, tosse, dificuldade
respiratória, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade
para deglutir, dor de garganta, coriza, dentre outros diagnosticados pelo
médico).
“Recomendamos que pacientes com sintomas
respiratórios fiquem restritos ao domicílio e que pessoas idosas e pacientes de
doenças crônicas evitem sua circulação em ambientes com aglomeração de
pessoas”, alerta. Em caso de sintomas leves, o paciente deve buscar atendimento
nos postos de saúde ou UPA 24h e, em casos mais graves, no Hospital Regional.
FORMAS DE CONTAMINAÇÃO
- Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com
a boca, nariz ou olhos;
-
Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
-
Tosse;
-
Espirro;
-
Contato com secreções respiratórias.
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