Uma ex-gerente de banco foi condenada a pagar
aproximadamente de R$ 2,5 milhões por ter desviado dinheiro da agência onde
trabalhou por cerca de sete anos em Lindóia do Sul,
no Oeste do estado. A decisão, divulgada pelo Tribunal de Justiça de Santa
Catarina (TJSC) na quarta-feira (31), cabe recurso e a defesa da mulher
informou que vai recorrer.
De acordo com o TJSC, ela teria desviado das contas R$
826.757,27. Além de ter que devolver ao banco esse dinheiro, com correção
monetária, terá que pagar multa civil estipulada em duas vezes o valor do dano,
o que equivale a R$ 1.653.514,54. A ex-funcionária também ficou proibida de
contratar com o poder público por dez anos.
De acordo com as investigações, a mulher era
funcionária do antigo Banco do Estado de Santa Catarina S.A (Besc) e, em abril
de 2009, quando a administração passou para o Banco do Brasil, ela foi
promovida a gerente de serviços.
Conforme o TJSC, há registros de transações indevidas
desde janeiro de 2009 até 2016, quando o esquema foi descoberto.
A mulher fazia empréstimos em nome de clientes,
estornava depósitos e ficava com o dinheiro. Ela também usava a senha de
colegas de trabalho para fazer transações indevidas, além de retirar valores do
cofre do banco.
Em depoimento, segundo o TJSC, a mulher admitiu os
desvios e disse que usava o dinheiro para cobrir contas pessoais e dívidas da
empresa do marido. Afirmou ainda que "tinha esperança de conseguir
devolver o dinheiro aos clientes".
A condenação, proferida pela juíza Letícia Bodanese
Rodegheri, da Vara Única da comarca de Ipumirim, foi
por improbidade administrativa de enriquecimento ilícito, lesão ao erário e
violação aos princípios administrativos.
O Banco do Brasil informou por meio de nota que mantém
estrutura dedicada à prevenção a fraudes e apta a detectar a atuação de
golpistas por meio de sistemas e soluções de segurança. "Quando detecta
esse tipo de ocorrência, o Banco noticia as autoridades competentes e colabora
com as investigações por meio do repasse de subsídios no seu âmbito de
atuação", disse.
Além disso, afirmou que a conduta de funcionários do banco envolvidos em
irregularidades é analisada sob o aspecto disciplinar. "De acordo com as
normas internas, as soluções administrativas passíveis de aplicação vão desde a
advertência e suspensão até destituição do cargo, demissão sem justa causa e
demissão por justa causa".
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