Foto: Divulgação
Como Prefeito de Major Vieira, Orildo Antonio Severgnini
cometeu crimes de peculato por 134 vezes e de lavagem de dinheiro por 22 vezes,
além de fraude a licitação. Na mesma sentença, seu filho foi condenado a mais
de 30 anos de prisão pela participação em parte dos crimes. Os dois deverão,
ainda, pagar indenização de R$ 5,7 milhões a título de danos morais coletivos
em favor do Município de Major Vieira.
Mais de 100 anos de prisão, sendo 98 anos e quatro meses de reclusão em
regime inicial fechado e mais dois anos e nove meses de detenção em regime
inicial aberto. Esta foi a pena aplicada ao ex-Prefeito de Major Vieira e
ex-presidente da Federação Catarinense dos Municípios (FECAM), Orildo Antonio
Severgnini, por crimes investigados pelo Ministério Público de Santa Catarina
(MPSC) na segunda fase da Operação Operação Et Pater Filium.
A sentença da Vara Criminal da Comarca de Canoinhas reconheceu Orildo
Antonio Severgnini como autor de crimes de peculato (134 vezes) e de lavagem de
dinheiro (22 vezes), além de fraude a licitação, apontados pelo Ministério
Público de Santa Catarina. Na mesma decisão, seu filho, Marcus Vinicius Brasil
Servegnini, foi condenado a mais de 30 anos de prisão pela participação em
parte dos crimes.
Foram condenados também dois empresários, a 36 anos e 11 meses de reclusão
e a dois anos e dois meses de prisão. Este último teve a sentença reduzida em
função de ter colaborado com a investigação.
Os fatos criminosos foram apurados na segunda fase da Operação Et Pater
Filium, desenvolvida em 13 de agosto de 2020 pelo MPSC, por meio da
Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, do Grupo Especial
Anticorrupção (GEAC) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (GAECO).
Nesta fase, foi apurada fraude à licitação para a pavimentação asfáltica
de uma rua de Major Vieira, e o desvio de bens, serviços e valores públicos em
uma série de oportunidades, além do crime de lavagem de dinheiro por meio de
empresa de fachada e transferência de bens móveis e imóveis.
A sentença na ação penal foi publicada nesta quarta-feira (30/3), um dia
após ser deflagrada a sétima fase da Operação Et Pater Filium, com o cumprimento
de 14 mandados de prisão e 47 mandados de busca e apreensão nos municípios de
Canoinhas, Bela Vista do Toldo, Itaiópolis, Porto União e Bituruna/PR.
Esta é a segunda condenação de Orildo Antônio Servegnini, e seu filho,
Marcus Vinicius Brasil Servegnini, resultante da Operação Et Pater Filium, que
teve a sua primeira fase deflagrada em 31 de julho de 2020. Em agosto de 2021,
eles foram condenados, respectivamente, a 57 e 41 anos de prisão e também ao
pagamento de outros R$ 5,7 milhões por danos morais coletivos ao município de
Major Vieira.
A denominação da operação faz referência as duas duplas de pais e filhos
integrantes do esquema criminoso.
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