As exportações da China aumentaram no ritmo mais forte em quase três anos em novembro, uma vez que a forte demanda global por produtos necessários para enfrentar a pandemia garantiu à segunda maior economia do mundo um superávit comercial recorde.
As exportações subiram em novembro 21,1% em relação ao ano anterior, mostraram dados da alfândega nesta segunda-feira, o crescimento mais forte desde fevereiro de 2018. O resultado também superou com força a expectativa de analistas de expansão de 12,0% e acelerou ante a alta de 11,4% em outubro.
A força das
exportações aconteceu apesar de o iuan rondar máximas de vários anos contra o
dólar, o que pode ser boa notícia para as autoridades preocupadas com o impacto
do enfraquecimento da moeda norte-americana na competitividade comercial da
China.
As importações
avançaram 4,5% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior,
contra crescimento de 4,7% em outubro e abaixo da expectativa de aumento de
6,1%, mas ainda registrando o terceiro mês seguido de aumento.
Analistas dizem que
a melhora da demanda doméstica e preços mais altos de commodities ajudaram a
impulsionar a leitura. Entretanto, eles destacaram alguns sinais de que a
demanda por produtos relacionados à pandemia perderam força.
Os fortes embarques
levaram a um superávit comercial em novembro de 75,42 bilhões de dólares, o
maior desde ao menos 1981, quando os registros da Refinitiv começaram. Também
foi maior que a expectativa em pesquisa de superávit de 53,5 bilhões de
dólares.
As exportações da
China foram sustentadas pela forte demanda externa por equipamentos de proteção
individual (EPIs) e produtos eletrônicos para trabalhar de casa, assim como a demanda
sazonal do Natal, disseram analistas do Nomura em nota.
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