As exportações
brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e
processados) totalizaram 100,4 mil toneladas em julho, informa a Associação
Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O saldo supera em 47,9% as vendas
realizadas no mesmo período de 2019, com 67,9 mil toneladas.
Em receita, o saldo
total de julho chegou a US$ 203,1 milhões, número 37,3% superior ao registrado
em julho do ano passado, com US$ 147,9 milhões.
No acumulado do
ano, as vendas do setor cresceram 38,78%, com 579,9 mil toneladas exportadas
entre janeiro e julho deste ano, contra 417,8 mil toneladas exportadas no mesmo
período de 2019. Em receita cambial, a alta chega a 49,9%, com US$ 1,279
bilhão, contra US$ 853,5 milhões nos sete primeiros meses do ano passado.
As vendas para os
países asiáticos seguem impulsionando os embarques do setor. A alta das
vendas para a região chega a 82,9% na comparação entre janeiro e julho deste
ano e o mesmo período de 2019, com 456 mil toneladas exportadas neste ano
(equivalente a 78,6% do total exportado pelo setor).
Apenas para a China
foram exportadas 282,1 mil toneladas, número 143% superior ao efetivado no
mesmo período de 2019. Hong Kong, com 107,7 mil toneladas (+17%), Cingapura,
com 32,9 mil toneladas (+49%) e Vietnã, com 16,9 mil toneladas (+90%) também se
destacam entre os principais importadores.
“Este é um
comportamento consistente no mercado asiático, que deve perdurar ao longo dos
próximos meses. As lacunas deixadas pela Peste Suína Africana nos países
asiáticos ainda impactam a demanda local por produtos importados, e o Brasil
está consolidado como um fornecedor confiável para a região”, analisa Francisco
Turra, presidente da ABPA.
CARNE DE FRANGO
– As exportações
brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in
natura e processados) totalizaram 364,6 mil toneladas em julho, volume
5,7% menor em relação ao saldo registrado no mesmo mês de 2019, com 386,9 mil
toneladas.
No mesmo período, a
receita cambial das exportações alcançou US$ 498,2 milhões, número 25% menor em
relação ao registrado em julho de 2019, com US$ 664,1 milhões.
“O volume exportado
em julho deste ano foi acima da média efetivada em 2019, de 351 mil toneladas
mensais. O comportamento mensal das exportações deste ano indica que a
alta acumulada deverá se manter, com fechamento positivo para 2020”, analisa
Ricardo Santin, diretor-executivo da ABPA.
Já no acumulado do
ano (janeiro-julho), o setor mantém alta positiva de 0,5%, com 2,471 milhões de
toneladas exportadas em 2020, contra 2,458 milhões de toneladas em 2019.
O resultado em receita chegou a US$ 3,642 bilhões, número 11,4% menor em
relação ao mesmo período comparativo do ano passado, com US$ 4,112 bilhões.
Assim como na suinocultura, os embarques para a Ásia dão impulso dos negócios do setor avícola. Ao todo, foram exportadas 988,3 mil toneladas para a região entre janeiro e julho, número 12,7% superior ao realizado no mesmo período de 2019, com 876,8 mil toneladas. Deste total, a China foi destino de 406,8 mil toneladas (+29%). Cingapura, com 79,8 mil toneladas (+45%), Filipinas, com 50,3 mil toneladas (+64%) e Vietnã, com 25,5 mil toneladas (+88%) foram os destaques.
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