Registros da promoção nas estações de metrô de Seul. Foto: Divulgação
Os exportadores de
aves e de suínos colocaram em curso, até o dia 28 de julho, uma grande campanha
de imagem na Coreia do Sul, exaltando atributos das carnes de aves e de suínos made
in Brazil. De acordo com informações da Embaixada Brasileira em Seul, esta
é a maior ação de imagem já realizada para produtos brasileiros no mercado
sul-coreano.
Ao todo, são 362
telas espalhadas pelas 17 mais movimentadas estações de metrô e terminais de
ônibus da capital sul-coreana – é o caso da famosa Gangnam Station – bairro
conhecido pelo clipe viral Gangnam Style, de Psy.
A ação é realizada
pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) em parceria com a Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com o
apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da
Embaixada Brasileira em Seul.
Além da comunicação
visual, a estratégia da campanha inclui impulsionamento em Facebook e
Instagram, direcionada para a população de Seul – interagindo o público virtual
com as ações físicas.
“A interação
virtual com as comunicações instaladas nas estações de trem e ônibus buscará
integrar o público às nossas plataformas virtuais, reforçando os atributos que
diferenciam nossos produtos no mercado internacional. Já somos líderes isolados
entre os exportadores de carne de frango para esse mercado, e agora queremos reforçar,
também, nossa posição em carne suína”, analisa a gerente de marketing da ABPA,
Isis Sardella.
A importância do
mercado sul-coreano – O
Brasil já está consolidado como principal fornecedor externo de carne avícola
para as gôndolas sul-coreanas, representando cerca de 80% de tudo o que é
importado pelo país asiático. Em volume, isto representa um total de 127,4 mil
toneladas de produtos avícolas brasileiros em 2020, gerando receita de US$
196,6 milhões. A Coreia do Sul é a 8° maior importadora de carne de frango do
Brasil.
No caso de suínos,
há um importante potencial a ser explorado. Com 570 mil toneladas importadas em
2020, a Coreia do Sul é o atual quarto principal destino do mercado
internacional de carne suína – atrás, apenas, de China, Japão e México. O
Brasil ainda possui baixa participação nesse mercado, com apenas 5 mil
toneladas embarcadas no ano passado, porém com grande perspectiva de
crescimento.
Há, entretanto,
boas expectativas com relação ao futuro do mercado sul-coreano para o Brasil.
Hoje, somente Santa Catarina pode embarcar produtos para a Coreia do Sul,
graças ao status de livre de aftosa sem vacinação – uma exigência das
autoridades daquele país asiático. Com a recente inclusão do Rio Grande do Sul
e Paraná – respectivamente, segundo e terceiro maiores exportadores de carne
suína do Brasil – entre as áreas livres da enfermidade sem vacinação pela
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), espera-se que, em breve, as vendas
para o mercado asiático ganhem novo impulso.
“Temos boas expectativas quanto ao breve aceite das autoridades da Coreia do Sul sobre esse novo status dos territórios gaúcho e paranaense. Os exportadores brasileiros construíram um relacionamento sólido com a Coreia do Sul e, exatamente por isso, estamos investindo tantos esforços de imagem para reforçar, ainda mais, a percepção de qualidade do produto brasileiro junto a esse mercado”, avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA.
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