Uma facção criminosa, que tinha como sede o município de Mondaí, no Oeste de Santa Catarina, foi alvo de uma grande Operação policial nesta quarta-feira (14). Segundo a Polícia Civil, que fez uma coletiva de imprensa durante a tarde para detalhar a ação policial, os membros da facção estão envolvidos com tráfico de drogas, tortura, corrupção de menores e posse de arma. 

Seis mandados de prisão foram cumpridos durante a Operação, que recebeu o nome de “158”, devido ao fato de que a facção utilizava a BR-158 para tráfico de drogas. Conforme a Polícia Civil, além de Mondaí, a organização criminosa tinha ramificações nos municípios que estão às margens da rodovia – Maravilha, Cunha Porã, Riqueza, Palmitos e Mondaí.

Participaram da coletiva de imprensa o delegado regional de São Miguel do Oeste, Wesley Almeida Andrade, o delegado Cléverson Müller, responsável pela comarca de Descanso, o delegado Roberto, de Mondaí, e o tenente-coronel Jailson Aurélio Franzen da Polícia Militar, comandante da 9ª Região de Polícia Militar de Fronteira com sede em São Miguel do Oeste.

A Operação 158 contou com a participação de cerca de 100 policiais – entre eles, policiais civis e militares, o Canil e o Serviço Aeropolicial de Fronteira (SaerFron).Conforme os delegados, a participação integrada das forças policiais foi fundamental para o andamento da ação.Alguns policiais de outras comarcas – Descanso, Itapiranga e Maravilha –  auxiliaram nos levantamentos.

As investigações iniciaram no dia 8 de março, no município de Mondaí, a partir de uma ocorrência atendida pela Polícia Militar. Conforme os policiais, a facção foi fundada dentro do sistema prisional do Rio Grande do Sul – com dois suspeitos que enviavam ordens à participantes do grupo de dentro do presídio. A Polícia Civil destaca que a organização criminosa utilizava violência e prática de tortura com gravidade. 

Além dos seis mandados de prisão, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e um auto de prisão em flagrante. Os policiais apreenderam drogas, dinheiro e objetos – entre eles, 16 aparelhos celulares, sete veículos (três carros e duas motos, três balanças de precisão e dinheiro. A Polícia Civil informou que continua com as investigações. 

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