02/07/2019 - 17h52
A Federação Catarinense de
Municípios (FECAM) inicia nesta semana os primeiros encontros com o tema
“Impactos da nova Reforma Tributária nos municípios catarinenses”. O presidente
da FECAM, prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, tem mobilizado os gestores
municipais a acompanharem os encontros em Chapecó, São Miguel do Oeste,
Joinville, Lages e Tubarão com o presidente do Conselho de Órgãos Fazendários
Municipais de Santa Catarina (CONFAZ-M/SC), palestrante e coordenador da
temática.
Em Chapecó o encontro será na quinta-feira (4/7) na
Associação de Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC), às 14 horas. Em
São Miguel do Oeste acontecerá na sexta-feira (5/7), às 9 horas, na sede da
Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (AMEOSC). Em
Joinville será no dia 11/7, às 14 horas, na Associação dos Municípios do
Nordeste de SC (AMUNESC), em Lages no dia 18/7, às 14 horas, na Câmara de
Dirigentes Lojistas (CDL) e, em Tubarão, no dia 19/7, às 14 horas na Associação
dos Municípios da Região de Laguna (AMUREL).
Segundo Ponticelli, a Federação pretende encaminhar o
debate sobre Reforma Tributária ouvindo prefeitos e secretários em todo o
Estado, também informando as lideranças do municipalismo sobre as propostas que
tramitam no Congresso Nacional, em especial a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 45/2019, aprovada em 22 de maio na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ). Por fim, deseja extrair uma posição oficial e encaminhá-la a
Confederação Nacional de Municípios (CNM) e ao Congresso Nacional.
O presidente do CONFAZ- M/SC, Flavio Martins Alves, destaca
que o modelo de Reforma aprovado na CCJ foi desenvolvido pelo Centro de
Cidadania Fiscal (CCiF). “Nossa preocupação é ouvir os gestores das regiões,
cruzar a base de dados e compreender como os municípios e o Estado de SC podem
ser afetados pela proposta”, acrescenta.
A proposta base para a Reforma Tributária, em tramitação (PEC
45/2019), propõe várias mudanças, dentre elas a diminuição do número de
tributos que incidem sobre o consumo - IPI, PIS e Cofins (federais), ICMS
(estadual) e ISS (municipal) - unificados em um só, o IBS (Imposto sobre Bens e
Serviços). Segundo especialistas, o IBS terá as características do
Imposto sobre o Valor Adicionado (IVA), um sistema de tributação única adotado
em países da Europa, alguns países da América Latina, como Argentina, Uruguai e
Paraguai, e nos Estados Unidos.
Apesar de moderna, a preocupação das lideranças
municipalistas é que não apresenta claramente quais as atribuições e
competências da União com os municípios, ou seja, como será feita a
distribuição de recursos dentro da Federação. “O Pacto Federativo deve ser
considerado na Reforma Tributária, devem andar lado a lado”, acrescenta o
presidente da FECAM.
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