A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) fechou
uma parceria com o governo, indústrias e instituições do estado para importar
200 respiradores que serão utilizados pelo sistema de saúde local. Com a ação,
a ideia é suprir a demanda de hospitais catarinenses e, futuramente, de outras
regiões do país que também carecem do aparelho por causa da pandemia do novo
coronavírus.
O equipamento é considerado crucial no atendimento aos infectados, já que
um dos sintomas da Covid-19 é a dificuldade em respirar – o que exige
intervenção mecânica para preservar a vida do paciente em casos graves. A
importação dos respiradores é o primeiro resultado prático do programa +
Respiradores, uma iniciativa da Rede SENAI de Institutos de Inovação.
O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, explica que foi criado um
grupo de trabalho para identificar países que teriam capacidade de fornecer os
produtos. “Encontramos vários preços e os mais atrativos foram de fornecedores
chineses”, aponta. Aguiar garante que a pandemia não foi um obstáculo para
fechar negócio com o país asiático, local em que surgiu o novo coronavírus. “A
dificuldade maior foi pela procura muito grande, então tinha que ser um
fechamento muito rápido”, completa.
O pagamento dos respiradores foi feito de forma adiantada por uma empresa
catarinense com forte estrutura na China. “O estado catarinense vai honrar o
pagamento assim que os respiradores chegarem à Santa Catarina”, garante o
presidente da FIESC. A previsão de chegada é para o mês de abril. A demanda
para o estado, segundo ele, é de cerca de 500 aparelhos. “Conseguimos, nessa
primeira transação, os 200 respiradores”, comemora.
Mario Cezar de Aguiar revela que, em paralelo ao grupo de trabalho, existe
outra ação dentro dos institutos catarinenses para buscar alternativas.
“Estamos muito próximos de fechar a produção de vários respiradores para
atender toda a demanda de Santa Catarina. O excedente, certamente, será
colocado à disposição do governo federal”, acrescenta.
Além da preocupação com a área da saúde, a FIESC tenta amenizar os
estragos que a Covid-19 tem causado na economia. Para isso, criou um fundo
empresarial para ajudar nesse momento. “Criamos o fundo tão logo foi deflagrada
essa campanha de combate ao coronavírus. Ele foi criado especificamente para
isso dentro de um plano empresarial que temos para arrecadar fundos e auxiliar
o governo do estado na solução desse problema”, afirma Mario Cezar
Aguiar.
“A nossa atuação será no suprimento de problemas, como os testes rápidos
para a detecção da doença. No isolamento, ter uma gama ampla desses testes vai
ser de grande importância, bem como a fabricação de ventiladores
(respiradores). Estamos focando em ações do Sistema Indústria que vão ao
encontro das necessidades da sociedade, do país e da indústria brasileira”,
afirma o diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), Rafael Lucchesi, que reforça a importância de “salvar vidas”.
O edital vai focar em propostas de soluções que tenham aplicação imediata
e com resultados em até 40 dias. Na última quinta-feira (26), foi aberta a
segunda chamada e, até o momento, serão investidos, no total, R$ 30 milhões. As
proposições podem ser realizadas por meio do WhatsApp, no número (61)
99628-7337, ou pelo e-mail [email protected].
Essas e outras ações do SENAI e da FIESC para amenizar os efeitos da
Covid-19 e proteger quem produz e quem consome fazem parte da campanha nacional
“A indústria contra o coronavírus”. Também participam da iniciativa a
Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Serviço Social da Indústria (SESI),
o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e as Federações das Indústrias dos demais
estados e do DF. Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais de cada
instituição.
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