O laboratório da
Fiocruz, no Rio de Janeiro, descartou reinfecção pelo novo coronavírus em
seis testes que foram encaminhados pelo Lacen, em Santa Catarina, até novembro
do ano passado. Com isto, não há casos de reinfecção confirmados no Estado até
o momento.
O médico
infectologista da Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica, Fábio Gaudenzi
de Faria, diz que o resultado diz respeito aos critérios técnicos adotados para
estabelecer se houve uma nova infecção, ou uma reativação do vírus. Esses
critérios são bastante rígidos e podem ser influenciados pela qualidade dos
testes que foram aplicados aos pacientes.
Se não houve a
amplificação adequada do material, por exemplo, o teste sai como negativo. São
questões muito técnicas – explicou.
Os testes de SC
foram enviados à Fiocruz para confirmar se os mesmos pacientes foram infectados
em duas ocasiões diferentes. O Ministério da Saúde estabelece como reinfecção
situações em que a pessoa tem testes positivos de PCR, com pelo menos 90 dias
de diferença entre um e outro, e com a comprovação de que a cepa – o tipo de
vírus – não é o mesmo.
Para isso, é
necessário o sequenciamento de genoma do vírus, o que é feito pela Fiocruz. Os
pesquisadores consideram que o vírus mudaria entre uma infecção e outra, porque
o novo coronavírus tem apresentado mutações constantes.
No caso dos
pacientes de Santa Catarina, que tiveram testes positivos duas vezes, não se
descarta a possibilidade de que haja reativação – ou seja, resquícios da
primeira vez em que foram infectados pelo coronavírus. Essa é uma das muitas
dúvidas que os especialistas ainda tentam resolver. Nesse caso, a pessoa mantém
o vírus e pode voltar a ter sintomas, mesmo passado algum tempo depois de ter
se contaminado.
Nova variante
O Lacen ainda
aguarda o resultado do sequenciamento de genoma das duas amostras, enviadas em
dezembro à Fiocruz, de pacientes que tiveram Covid-19 depois de retornarem do
Reino Unido, onde foi identificada no mês passado uma nova variante do novo
coronavírus.
Essa mutação não causa doença mais grave nem aumenta o risco de morte,
mas é 56% mais transmissível. Até agora dois casos foram confirmados no Brasil,
no estado de São Paulo.
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