Florianópolis recebe primeiro projeto-piloto de tecnologia 5G do país

26/06/2019 - 20h07

Referência em inovação no cenário nacional e com grande concentração de startups, Florianópolis foi a cidade escolhida pela TIM para implantar o primeiro projeto-piloto de 5G, operando na frequência 3,5 GHZ. Nesta quarta-feira (26), a empresa fez testes, na Fundação Certi, parceira na iniciativa, junto com a chinesa Huawei, que habilitou a rede para experimentar aplicações.

A antena entrou em funcionamento no dia 17 de maio deste ano, mas os serviços só devem chegar ao consumidor em 2021. A 5G tem velocidade 10 vezes superior à 4G. Uma das demonstrações foi um teste de velocidade da tecnologia de quinta geração. (Veja no vídeo abaixo)

Além da velocidade percebida nos aparelhos celulares, a ideia no futuro é usar a tecnologia também nos setores da indústria, energia renovável, economia criativa, cidades inteligentes e na saúde, por meio de cirurgias remotas e assistência remota de especialistas, por exemplo.

Sobre a situação da Huawei nos Estados Unidos, que proibiu que a companhia faça negócios com empresas americanas, e a possibilidade de reflexo disso no Brasil, o diretor de engenharia da TIM, Marco Di Costanzo, afirmou que acompanha o caso com "muito cuidado".

"A Huawei é uma parceira tecnológica da TIM de longo prazo, no 2G, 3G, 4G. Estamos hoje usando um parceiro que porventura caiu no conceito de embargo declarado pelos Estados Unidos, mas por enquanto não temos nenhuma restrição ao uso da tecnologia."

Em visita à China no início do mês, o vice-presente Hamilton Mourão disse que o Brasil iria manter a Huawei entre fornecedores de redes 5G.


Consulta pública, leilão e expansão

O diretor informou que a empresa ainda aguarda a consulta pública para o leilão de radiofrequência da 5G. "A Anatel vai coletar todos os interessados em participar do leilão. Esperamos que seja no segundo semestre deste ano. Depois a Anatel vai consolidar as contribuições e promulgar o edital de licitação, a partir do qual é prevista a condução do processo licitatório até março de 2020."

Segundo Costanzo, ainda não é possível falar de um plano de expansão para as cidades, sem ter radiofrequência. "Estamos acompanhando muito de perto o tema do leilão e nosso presidente se posicionou muito claramente em favor de uma licitação o mais rápido possível, de uma forma não arrecadatória, que seja justa no equilíbrio entre gasto em radiofrequência e investimento em infraestrutura de rede."

Levando em consideração que o comprimento da onda de rádio do 5G é menor, uma das saídas seria instalar mais antenas. "É inevitável, requer mais site [estações de transmissão]. A cobertura vem atrelada à construção de novo site. Hoje nos deparamos com dificuldades objetivas de conseguir em alguns municípios implementar estrutura para prover a cobertura que a gente deseja para os nossos clientes".

Ainda de acordo com Costanzo, o fornecimento de internet residencial via 5G, com uso de modens que captam sinal e transmitem via Wi-Fi, faz parte do plano da empresa. "Existe um caso de uso, que se chama FWA para prover na banda larga residencial, por meio do sistema wireless. É nossa intenção explorar esse negócio, totalmente."

A empresa optou por realizar o projeto-piloto em parceria com instituições de ensino, empreendedores e setores da economia criativa. Com a iniciativa, afirma que que quer ser pioneira e líder no mercado da quinta geração.

Mais projetos

A TIM informou que outros dois projetos-pilotos para a rede de quinta geração estão em fase de implementação. Um deles na cidade de Santa Rita do Sapucaí (MG), que deve começar a operar no mês que vem. O outro em Campina Grande (PB), cuja a previsão é de que entre em funcionamento até o fim do ano, já que ainda aguarda licença da Anatel.


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  • Jornal Regional



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