Referência em
inovação no cenário nacional e com grande concentração de startups, Florianópolis foi
a cidade escolhida pela TIM para implantar o primeiro projeto-piloto de 5G,
operando na frequência 3,5 GHZ. Nesta quarta-feira (26), a empresa fez testes,
na Fundação Certi, parceira na iniciativa, junto com a chinesa Huawei,
que habilitou a rede para experimentar aplicações.
A antena entrou em funcionamento no dia 17 de maio deste ano, mas os
serviços só devem chegar ao consumidor em 2021. A 5G tem velocidade 10 vezes
superior à 4G. Uma das demonstrações foi um teste de velocidade da tecnologia
de quinta geração. (Veja no vídeo
abaixo)
Além da velocidade percebida nos aparelhos celulares, a ideia no futuro
é usar a tecnologia também nos setores da indústria, energia renovável,
economia criativa, cidades inteligentes e na saúde, por meio de cirurgias
remotas e assistência remota de especialistas, por exemplo.
Sobre a situação da Huawei nos Estados Unidos, que proibiu que a
companhia faça negócios com empresas americanas, e a possibilidade de reflexo
disso no Brasil, o diretor de engenharia da TIM, Marco Di Costanzo, afirmou que
acompanha o caso com "muito cuidado".
"A Huawei é uma parceira tecnológica da TIM de longo prazo, no 2G,
3G, 4G. Estamos hoje usando um parceiro que porventura caiu no conceito de
embargo declarado pelos Estados Unidos, mas por enquanto não temos nenhuma
restrição ao uso da tecnologia."
Em visita à China no início do mês, o vice-presente Hamilton Mourão disse que o Brasil iria manter a Huawei entre fornecedores de redes 5G.
Consulta pública, leilão e expansão
O diretor informou que a empresa ainda aguarda a consulta pública para o
leilão de radiofrequência da 5G. "A Anatel vai coletar todos os
interessados em participar do leilão. Esperamos que seja no segundo semestre
deste ano. Depois a Anatel vai consolidar as contribuições e promulgar o edital
de licitação, a partir do qual é prevista a condução do processo licitatório
até março de 2020."
Segundo Costanzo, ainda não é possível falar de um plano de expansão
para as cidades, sem ter radiofrequência. "Estamos acompanhando muito de
perto o tema do leilão e nosso presidente se posicionou muito claramente em
favor de uma licitação o mais rápido possível, de uma forma não arrecadatória,
que seja justa no equilíbrio entre gasto em radiofrequência e investimento em infraestrutura
de rede."
Levando em consideração que o comprimento da onda de rádio do 5G é
menor, uma das saídas seria instalar mais antenas. "É inevitável, requer
mais site [estações de transmissão]. A cobertura vem atrelada à construção de
novo site. Hoje nos deparamos com dificuldades objetivas de conseguir em alguns
municípios implementar estrutura para prover a cobertura que a gente deseja
para os nossos clientes".
Ainda de acordo com Costanzo, o fornecimento de internet residencial via
5G, com uso de modens que captam sinal e transmitem via Wi-Fi, faz parte do
plano da empresa. "Existe um caso de uso, que se chama FWA para prover na
banda larga residencial, por meio do sistema wireless. É nossa intenção
explorar esse negócio, totalmente."
A empresa optou por realizar o projeto-piloto em parceria com
instituições de ensino, empreendedores e setores da economia criativa. Com a
iniciativa, afirma que que quer ser pioneira e líder no mercado da quinta
geração.
Mais projetos
A TIM informou que outros dois projetos-pilotos para a rede de quinta
geração estão em fase de implementação. Um deles na cidade de Santa Rita do
Sapucaí (MG), que deve começar a operar no mês que vem. O outro em Campina
Grande (PB), cuja a previsão é de que entre em funcionamento até o fim do ano,
já que ainda aguarda licença da Anatel.
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