Frutas tropicais como banana, goiaba e maracujá, não muito
comuns nas paisagens do Oeste Catarinense, se tornaram um bom negócio para
agricultores da região. Essas espécies, sensíveis a geadas, são cultivadas em
microclimas onde o fenômeno não ocorre, como locais próximos a rios e
barragens.
A Epagri estimula os agricultores a aproveitar essas áreas com a
fruticultura tropical para garantir uma nova fonte de renda e subsistência
familiar. Essa também é uma forma de reduzir a saída de recursos da região, já
que grande volume dessas frutas precisa ser comprado para abastecer a demanda
local – toda semana, o Oeste importa cerca de 150t de banana.
Em 10 propriedades onde estão instaladas Unidades de Referência
Tecnológica (URTs) ou Unidades de Observação (UOs), a Epagri realiza estudos,
além de oficinas, reuniões e dias de campo com os produtores.
A Empresa ainda ajuda as famílias a buscar espaços de comercialização. Já
são cerca de 40 propriedades no Oeste cultivando frutas tropicais em 30
hectares de onde saem, anualmente, 200t de banana, 10t de goiaba e 30t de
maracujá. Como a maior parte das vendas ocorre diretamente ao consumidor ou por
meio de programas governamentais, a margem bruta do produtor é bem atrativa,
mesmo em pomares pequenos.
Família troca bovinocultura pelas frutas
Danilo e Cleocir foram melhorando e ampliando a produção aos poucos e,
hoje, fazem sucesso na região. O casal cultiva 5ha e colhe até 50t de banana
por ano. “Dá para viver bem, principalmente porque fazemos venda direta para o
consumidor e ganhamos um preço melhor, cerca de R$ 3 o quilo. Com o que sobra,
fazemos doces e agregamos valor ao produto”, diz Danilo. Os doces são
fabricados em uma agroindústria instalada na propriedade, que é usada por mais
seis famílias para incrementar a renda com as delícias tropicais do Oeste.
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