Funcionários dos Correios de Santa Catarina entraram em greve por tempo indeterminado, após Assembleia Geral Extraordinária realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios (Sintect-SC), na noite de terça-feira (10), em Florianópolis. O ato tem caráter nacional.
De acordo com o sindicato, os trabalhadores querem
reajuste salarial, são contra o corte de direitos e contra a privatização dos
Correios, que foi incluída no mês
passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro.
A categoria não aceitou a proposta de reajuste
salarial oferecida pela empresa, de 0,8%, menor que os 3,1% da inflação
acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor (INPC).
Os trabalhadores são contra a exclusão do
Vale-Cultura, a redução do adicional de férias de 70% para 33% e o aumento da
mensalidade do convênio médico e da co-participação em tratamentos de saúde,
além da exclusão dos pais de planos de saúde.
Em nota, os Correios de Santa Catarina disseram que
participaram de dez encontros na mesa de negociação com os representantes dos
trabalhadores, quando foi apresentada a real situação econômica da estatal e
propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo
acumulado na ordem de R$ 3 bilhões.
Informou que as federações expuseram propostas que
superam o faturamento anual da empresa, algo insustentável para o reequilíbrio
financeiro da empresa.
"No momento, o principal compromisso da direção dos Correios é conferir à
sociedade uma empresa sustentável. Por isso, a estatal conta com os empregados
no trabalho de recuperação financeira da empresa e no atendimento à
população", diz a nota.
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