Gabriel Chapecó evolui de quinta opção a xodó no Grêmio

Gabriel Chapecó em treino com o preparador Mauri Lima — Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA

Gabriel Chapecó em treino com o preparador Mauri Lima — Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA

15/07/2021 - 07h48

Invicto desde a chegada do técnico Luiz Felipe Scolari, Gabriel Chapecó trilhou um longo caminho até virar o novo xodó do torcedor gremista. Foi trabalhando como o quinto na hierarquia da posição no dia a dia de treinos no CT Luiz Carvalho que chamou a atenção de Mauri Lima, preparador de goleiros que chegou no clube em janeiro do ano passado.

Em 2021, conquistou a confiança da comissão técnica para assumir a posição nas ausências do titular Brenno. Destaque no empate sem gols no Gre-Nal e na sequência com vitória por 1 a 0 sobre a LDU, na última terça-feira, pela Copa Sul-Americana, o jovem de 21 anos virou o personagem dos primeiros dias da nova Era Felipão.

Quem acompanha os bastidores da rotina no centro de treinamentos, cita o preparador Mauri Lima como o responsável pelo aperfeiçoamento do goleiro. O treinador "abraçou" o jovem e passou a cuidar de perto sua evolução, com a definição de reforço de atenção em alguns fundamentos.

Ainda no segundo semestre de 2020, o Grêmio tinha Vanderlei, Paulo Victor e Julio Cesar como primeiras opções para defender a meta. Alternando a parceria com Brenno, ambos do time de transição, Gabriel Chapecó virou figura constante nos treinamentos do profissional.

Promovido de vez em 2021, as atuações em alto nível dos últimos jogos convenceram um velho conhecido de que não será necessário apostar novamente em cascudos para a função.

A lembrança de Felipão

Ainda como Gabriel Grando, o goleiro chegou a Porto Alegre em 2014 com os colegas da escolinha do Grêmio de Chapecó. Disputou o tradicional torneio das equipes conveniadas do clube espalhadas pelo país.

Teve tanto destaque na competição que recebeu o convite para permanecer ou voltar em outra data. Entre defender a escolinha na cidade natal ou se mudar sozinho para Porto Alegre e viver o sonho de jogar no clube do coração, decidiu ficar. Foi morar no alojamento do clube e integrar a categoria sub-14.

Justamente em 2014, Luiz Felipe Scolari aceitou a proposta do então presidente  Fábio Koff e retornou a Porto Alegre para tocar um projeto de reestruturação.

Um dos primeiros pedidos foi feito aos responsáveis pelas categorias de base. Convocou as categorias sub-20, sub-17 e sub-15 para amistosos contra o time profissional para identificar os talentos disponíveis para Foi assim que o nome de Lincoln, por exemplo, entrou no radar do técnico para a temporada seguinte. Mas também houve o primeiro encontro entre o treinador e o atual goleiro titular.

Ao lado de Phelipe Megiolaro (emprestado ao Dallas FC), Felipe Albuquerque (emprestado à Ponte Preta), Guilherme Guedes, Lucas Araújo (negociado com o Bahia) e Lincoln (no Santa Clara, de Portugal), um jovem de braços compridos chamado da equipe sub-14 para a atividade no gramado suplementar do Olímpico também deixou uma marca curiosa no experiente treinador.

— Logo que a gente chegou no campo, ele (Felipão) veio falar comigo se eu lembrava dele. Falei que sim. Logo que eu cheguei, em 2014, já realizei um coletivo com o profissional. Brincava comigo que os meus braços eram muito grandes. Eu estou feliz por reencontrá-lo — relembrou Chapecó em sua entrevista antes do jogo contra a LDU.

>>>PARTICIPE DO GRUPO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP. 


  • por
  • Jornal Regional
  • FONTE
  • GE/RS



DEIXE UM COMENTÁRIO

Facebook