Gasolina deve subir R$ 0,68 por litro com volta de impostos federais

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24/02/2023 - 10h19

Se o governo decidir não prorrogar a isenção, o preço do litro da gasolina deverá subir R$ 0,68 nos postos, calcula a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). A desoneração tributária da gasolina e do etanol está prevista para terminar na próxima quarta-feira, dia 1º de março.

A volta da cobrança dos impostos terá um impacto de R$ 0,79 no preço da gasolina nas refinarias, por conta do PIS/Cofins (Programa de Integração Social / Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), e de R$ 0,10, pela Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).

Daí vem o valor de R$ 0,68 por litro, projetado para o aumento da gasolina nos postos, após a mistura do etanol. No caso do etanol hidratado, que recebe uma mistura de 27% por litro de gasolina, com a volta desses impostos, o preço nos postos deve subir R$ 0,24 por litro.

As projeções da Abicom se aproximam dos cálculo feito, no início do mês, pelo economista Francisco Raeder, doutorando em economia da UFF (Universidade Federal Fluminense). Ele disse que o aumento da gasolina nos postos deve ser de R$ 0,69 por litro. Para o etanol, a alta prevista seria de R$ 0,33 por litro.

A Abicom lembra que, se o aumento for aplicado, ele deve acontecer em um momento em que a Petrobras tem alguma gordura para queimar, já que está praticando preços mais altos do que o mercado internacional. A principal concorrente da estatal no Brasil, a Refinaria de Mataripe, na Bahia, reduziu o preço da gasolina em R$ 0,29 por litro, na última quarta-feira (22).

Na comparação com os preços do mercado internacional, a gasolina vendida nas refinarias da Petrobras está, em média, 8% mais cara, enquanto o diesel apresenta preço 7% superior. Essa diferença poderia respresentar uma queda de R$ 0,23 por litro, no caso da gasolina, e de R$ 0,25, no diesel.

Se for levado em conta apenas o mercado da Bahia, estado onde opera a refinaria privada de Mataripe, a alta em relação ao mercado externo chega a 10%, mesmo após a redução da semana passada, informa a Abicom.

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  • Jornal Regional



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