Foto: Roberto Bortolanza/NDTV Chapecó
Todos os galões de combustível e os botijões
de gás de cozinha apreendidos na fronteira entre a Argentina e o Extremo-Oeste
de Santa Catarina serão doados para órgãos de segurança. A informação é da
Receita Federal que coordena a Operação Nafta.
Os produtos são comprados na Argentina por preços menores que o
vendido no Brasil e transportados de forma ilegal para serem revendidos como
contrabando. O motivo é que no país vizinho a gasolina é vendida entre R$ 3,00
e R$ 3,50 o litro, ou seja, metade do preço comercializado em Santa Catarina.
A fronteira com a Argentina está aberta desde o dia 19 de outubro
e de lá para cá aumentou o número de apreensões de contrabando e nem mesmo o
gás de cozinha ficou de fora.
O produto é comercializado entre R$ 25,00 e R$ 30,00 o botijão de
10 kg e, por isso, atrai consumidores brasileiros. Porém, muitos brasileiros
estão se deslocando até a Argentina para trazer combustível e gás de cozinha de
forma irregular e clandestina.
O transporte ilegal dos produtos é feito pela fronteira seca. A
divisa entre o Brasil e a Argentina é feita por uma praça, uma área que não é
alfandegada e por onde começa o comércio ilegal.
Para impedir a prática ilegal, a Alfândega da Receita Federal de
Dionísio Cerqueira realiza a Operação Nafta. As fiscalizações e apreensões
estão ocorrendo entre Dionísio Cerqueira e Bernardo de Irigoyen e também entre
os municípios de Barracão e Santo Antônio do Sudoeste, no Paraná.
Apreensões
Em apenas um veículo foram apreendidos 200 litros de gasolina.
Desde o início da operação foram apreendidos 2 mil litros de gasolina, 400
litros de diesel e 120 botijões de gás de cozinha.
“A mercadoria é apreendida e recolhida pela Receita Federal. O
carro também pode ser apreendido com a mesma penalidade. No fim desse
procedimento a receita faz a representação fiscal para fins penais e os
produtos são doados para órgãos de segurança”, explica o auditor fiscal da
Receita Federal, Arnaldo Gonçalves Borteze.
Borteze destaca que os combustíveis não são comprados para consumo
próprio, mas sim para revenda com valor intermediário que tornaria a compra
interessante para o consumidor final.
Além disso, são transportados de maneira irregular e armazenados
de forma precárias, o que gera graves riscos de explosões, causando perigo à
população por se tratar de produtos inflamáveis.
“Não houve prisões até o momento, mas é possível que isso aconteça
uma vez que percebemos um aumento na entrada de combustível e gás de cozinha de
forma clandestina no Brasil”, pontua Borteze.
Em busca de um combustível com preço mais acessível, o auxiliar de
escritório Gustavo Henrique Silveira, que mora em Dionísio Cerqueira, no
Extremo-Oeste de Santa Catarina, atravessa a fronteira com a Argentina para
abastecer o carro em Bernardo de Irigoyen. “No Brasil pagamos R$ 6.50 aqui não
paga mais que R$ 3,50”, pontua Silveira.
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