O general Eduardo
Pazuello vai assumir interinamente o cargo de ministro da Saúde após a saída de
Nelson Teich anunciada nesta sexta-feira (15).
Pazuello foi nomeado secretário-executivo da pasta no dia 22 de abril.
O deputado e
ex-ministro Osmar Terra também é cotado, mas a preferência de Bolsonaro é por
Pazuello, que tinha assumido a missão no Ministério da Saúde de forma
temporária. Terra está em Brasília, não foi sondado e não tem previsão de ir ao
Planalto.
Teich estava no
ministério quando foi convocado ao Planalto por Bolsonaro para uma reunião, por
volta de 11h. A exoneração foi a pedido de Teich, que não aceitou as premissas
do presidente “acima da ciência”.
Isso porque o
ex-ministro não aceitou adotar a medicação hidroxicloriquina de forma
indiscriminada, também em pacientes com sintomas iniciais de síndrome gripal.
As diretrizes
traçadas pelo ministro para distanciamento social, estabelecendo gradações
desde a flexibilização até o lockdown, também não foram aceitas nem pelo
Planalto, nem pelos conselhos de secretários de saúde do Conass (Conselho
Nacional de Secretários de Saúde) e do Conasems (Conselho Nacional das
Secretarias Municipais de Saúde).
A assessoria do
Ministério da Saúde prevê uma entrevista coletiva em que o próprio Teich
esclareça as razões de sua saída.
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