
Divulgação/Polícia Civil
O governador Jorginho Mello determinou que a Polícia Civil
inicie uma investigação sobre possíveis fraudes no Universidade Gratuita. Com
mais de 40 mil alunos atendidos, o Universidade Gratuita é o maior programa
estadual de acesso ao ensino superior do Brasil.
“Eu não vou deixar que meia dúzia tente manchar a imagem do
Universidade Gratuita. São mais de 40 mil alunos que não teriam uma
oportunidade se o Estado não bancasse as mensalidades”, disse o governador.
As investigações vão apurar denúncias de alunos que
apresentaram informações falsas sobre a renda familiar per capita para acessar
o benefício do programa. Também serão investigadas supostas consultorias
criadas para facilitar o acesso ao Universidade Gratuita mediante pagamento.
A investigação será conduzida pela Delegacia de
Defraudações, vinculada à Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC),
e será coordenada nos municípios onde houver indícios de irregularidades.
“A operação será dividida em duas fases. Uma investigação
ficará com a Delegacia de Defraudações da DEIC e apurará a participação de
consultorias ditas especializadas e uma outra fase da investigação ficará com
as delegacias das cidades onde teria ocorrido o uso de documentos falsos e
apurará diretamente a conduta desses possíveis indivíduos que se beneficiaram.
O nosso grande objetivo é fazer com que ocorra uma responsabilização caso os
indícios de irregularidades sejam confirmados. Nós também já solicitamos o
relatório do Tribunal de Contas para anexar ao nosso inquérito policial que vai
apurar os fatos”, explica o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel.
Com a instauração das investigações, o Governo de Santa
Catarina reafirma seu compromisso com a correta aplicação dos recursos públicos
e com a garantia de que o programa Universidade Gratuita continue sendo um
pilar de inclusão e desenvolvimento para os catarinenses.
O Universidade Gratuita é um programa de assistência
financeira do Governo do Estado destinado ao fomento da educação superior. Para
acessar o benefício, o estudante deve comprovar que possui renda familiar per
capita de até oito salários mínimos (para o curso de Medicina) ou quatro
salários mínimos (para os outros cursos), entre outros critérios.
Secretaria da Educação reforça fiscalização
Além das investigações da Polícia Civil, a Secretaria de
Estado da Educação (SED) reforçou a fiscalização dos dados relacionados ao
programa Universidade Gratuita, e também ao Fundo de Apoio à Manutenção e ao
Desenvolvimento da Educação Superior Catarinense (FUMDESC).
Uma parceria com a Controladoria-Geral do Estado de Santa
Catarina (CGE) foi criada para identificar pontos de atenção a partir do
cruzamento de informações entre sistemas. Além disso, a SED está formalizando
um pedido para que seja disponibilizado o resultado detalhado da análise
realizada pelo Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC) sobre os
programas.
A partir do resultado detalhado das análises — estudante por
estudante, instituição por instituição —, a SED acionará as comissões de
seleção e fiscalização dos programas em cada uma das Instituições
Universitárias participantes. Essas comissões responsáveis pela análise e
acompanhamento dos beneficiários terão a missão de realizar as devidas
apurações. Checar, caso a caso, a procedência dos dados e, sempre que for
necessário, adotar as medidas cabíveis.
Quando houver qualquer confirmação de irregularidade, a
Secretaria irá aplicar com todo rigor o disposto no artigo 18 da Lei
Complementar nº 831 de 2023, que prevê além da imediata suspensão do benefício,
a obrigação de ressarcimento dos valores eventualmente recebidos de forma
indevida. Até o momento, os achados apresentados representam indícios.
“Santa Catarina vive um novo tempo na educação. E toda
transformação exige responsabilidade e transparência. Recebemos com seriedade o
relatório do Tribunal de Contas do Estado sobre o Universidade Gratuita. Já
pedimos o detalhamento técnico e reafirmamos nosso compromisso com a verdade e
com a legalidade. Se houver irregularidades, as sanções previstas serão
aplicadas. A educação pública merece respeito — e a gestão também”, destaca a
secretária de Estado da Educação, Luciane Ceretta.
Para garantir mais eficiência e controle, a Secretaria de
Estado da Educação (SED) preparou uma série de ações que impacta a inscrição
dos estudantes, amplia a fiscalização e impede fraudes. As medidas já passam a
valer a partir do próximo semestre (2025.2). Confira abaixo:
- Os editais serão publicados antes do período de matrícula,
dando mais tempo de organização aos estudantes;
- Divulgação semestral dos contemplados, com listas públicas e
atualizadas, garantindo acesso à informação;
- Novo simulador do índice de carência online que vai permitir
prever a elegibilidade com base nos critérios definidos;.
- SED fará a reavaliação do cálculo que compõe o índice de
carência do estudante;
- Maior transparência nas contrapartidas. Universidades e
egressos terão suas ações divulgadas de forma ainda mais clara;
- Comissão de fiscalização ampliada, agora com representantes
do Ministério Público, Controladoria-Geral do Estado, Assembleia Legislativa de
Santa Catarina e Polícia Civil;
- Relatórios semestrais com dados detalhados sobre o programa
e os recursos aplicados serão divulgados;
- Novo Disque-Denúncia 0800, um canal gratuito para receber
denúncias e fortalecer o controle social;
- Página oficial com todas as informações. Editais, listas,
relatórios, contrapartidas e valores estarão disponíveis no site da SED.
Cabe ainda destacar que o Universidade Gratuita tem
critérios claros, base legal sólida e foco em quem mais precisa. Até o momento,
já são mais de 43 mil benefícios concedidos e este número deve saltar para 50
mil em 2025, por meio do programa que é a maior política educacional da
história de Santa Catarina.
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