Uma medida provisória editada pelo governo federal (MP
972/2020) abriu o crédito extraordinário de R$ 15,9 bilhões para pagar as
despesas do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte (Pronampe). De acordo com o governo, esse crédito extraordinário vai
servir para ampliar o acesso ao crédito das micro e pequenas empresas. Assim,
evitando que pequenos empreendimentos sejam fechados durante a crise do novo
coronavírus e também evitando demissões.
O Pronampe foi criado por lei no começo deste mês, com o objetivo de
ajudar as empresas durante a crise do novo coronavírus. O programa funciona
como um fundo de aval, ou seja, quem empresta o dinheiro são os bancos, mas o
Pronampe serve de garantia para empreendedores que não possam oferecer
garantias próprias na hora de ter acesso ao crédito. De acordo com a lei que
criou o Pronampe, o Fundo Garantidor de Operações (FGO) pode garantir até 85%
do valor dos empréstimos tomados a partir do programa.
O texto aprovado no Congresso prevê que micro e pequenos empresários podem
pedir empréstimos de até 30% de sua receita bruta do ano passado. Se a empresa
tiver mais de um ano de funcionamento, o limite será de 50% do capital social
do empreendimento ou de 30% da média de faturamento desde que começou a
funcionar. A contrapartida para ter acesso a esse empréstimo é que as empresas
devem manter o número de funcionários. O prazo para pagamento do empréstimo é
de 36 meses
Em abril, segundo o governo federal, houve queda de até 80% nas vendas de
bens duráveis e serviços e de 20% na venda de bens não-duráveis. O governo
também pontua que houve aumento significativo no número de pedidos de Seguro
Desemprego no final do mês passado.
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