Governo de SC libera futebol entre amigos, mas sem churrasco ou cerveja
Em regiões com risco gravíssimo para coronavírus, esporte segue proibido

Em São Miguel do Oeste o Comitê de Crise vai se manifestar na semana que vem sobre o assunto

Em São Miguel do Oeste o Comitê de Crise vai se manifestar na semana que vem sobre o assunto

04/09/2020 - 09h33

O governo do Estado autorizou, nesta quinta-feira, a retomada do futebol recreativo, desde que com regramentos para evitar a disseminação do coronavírus. O protocolo para a liberação consta em portaria publicada nesta quinta-feira (3) no Diário Oficial. 

As regiões em risco potencial gravíssimo não estão autorizadas a retornar essas atividades. Pela atualização desta semana, são cinco: Oeste, Alto Vale do Itajaí, Carbonífera, Meio Oeste e Nordeste, o que corresponde a cerca de um terço do Estado.

O restante do Estado está em risco grave. Nessas regiões, a pelada está liberada, mas sem roda de aquecimento antes do jogo e qualquer tipo de confraternização, como churrasco ou cerveja, depois.

A decisão foi tomada após reuniões entre o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, e representantes dos campos de futebol society. Dentre as exigências, até o fim da pandemia, os atletas terão que ter idade igual ou superior a 16 anos. O retorno das atividades ainda se dará de forma gradual e monitorada, considerando-se sempre a Avaliação do Risco Potencial de cada região.

Confira algumas das regras:

- Nas regiões de saúde que apresentem risco potencial grave (representado pela cor laranja) para a Covid-19, os jogos somente podem ocorrer em dias alternados.

- Nas regiões de saúde com risco potencial alto (representado pela cor amarela) na para Covid-19, os jogos estão liberados em todos os dias da semana.

- Nos dias das partidas, somente as pessoas diretamente envolvidas no esporte podem acessar ao local e suas dependências – e em número reduzido ao mínimo necessário para sua execução.

- Todos os participantes e presentes no local devem usar máscaras, retirando apenas quando estiver efetivamente jogando. Os árbitros devem fazer uso de máscaras e face shields durante os jogos e, por isso, devem utilizar apitos eletrônicos.

- Ficam proibidas rodas de aquecimento e confraternizações antes e após o jogo, assim como o cumprimento físico. Não será permitido, enquanto durar a situação de emergência em saúde, a presença de acompanhantes, uso de churrasqueiras, coletes ou utilização de vestiários.

Os estabelecimentos também deverão seguir novos protocolos, como:

- Divulgar, em local visível, as informações de prevenção à Covid-19 estabelecidas pelo Governo do Estado para estas atividades.

- Realizar agendamento para utilização da quadra por meio eletrônico, evitando filas ou aglomerações.

- Liberar acesso a quadra somente para as pessoas cadastradas para o horário agendado.

- A entrada nas dependências do local do evento só será permitida com aferição de temperatura por método digital por infravermelho. Considera-se a temperatura de corte o máximo de 37,5º C.

- Caso o participante ou trabalhador apresente temperatura corporal maior ou igual a 37,5° C ou sintomas gripais como: tosse seca ou produtiva, dor no corpo, dor de garganta, congestão nasal, dor de cabeça, falta de ar, fica impedido de entrar e participar do evento e deve ser orientado a procurar uma unidade de assistência à saúde do município. Os contatos próximos assintomáticos dos doentes devem também ser afastados por um período de 10 dias. Para retorno às atividades, seguir recomendação médica.

- Os usuários deverão ser cadastrados.

- Limitar o número de pessoas ao estritamente necessário para o funcionamento da atividade. Os dados destas pessoas devem constar de uma lista com nome completo, RG, CPF, endereço, telefone de contato, além de local e cronograma constando o agendamento das partidas. Esta lista destina-se a facilitar um possível rastreamento. A responsabilidade pela elaboração dos documentos é do proprietário do local e ficará sob sua guarda por pelo menos 14 dias.

- Controlar o fluxo de entrada e saída das quadras com intervalo de tempo entre as partidas de forma que não haja cruzamento entre os times que finalizam e os times que iniciarão o jogo.

- Controlar o uso de áreas comuns como sanitários e a sua utilização para evitar agrupamentos.

- Cada participante deve portar sua própria toalha e garrafa de água com identificação, para evitar a troca ou o seu compartilhamento durante os jogos.

- Adaptar bebedouros do tipo jato inclinado, de modo que somente seja possível o consumo de água com o uso de copo descartável.

- Disponibilizar em pontos estratégicos do local do evento (em áreas onde ocorre a circulação de pessoas) pontos para adequada lavagem das mãos e dispensadores de álcool 70% ou preparações antissépticas de efeito similar, devendo ser orientada e estimulada a constante higienização das mãos.

- Definir intervalo de 10 minutos entre cada uso, para higienização das bolas e da quadra com aplicação pulverizada de uma solução de água sanitária com diluição de 1 copo (250 ml) de água sanitária para 1L de água ou 1 copo (200 ml) de alvejante para 1L de água.

- Realizar diariamente procedimentos que garantam a higienização do ambiente, intensificando a limpeza com desinfetantes próprios para a finalidade.

- a desinfecção com álcool 70% ou sanitizantes de efeito similar dos utensílios, superfícies, equipamentos, maçanetas, balcões, mesas, interruptores, sanitários entre outros, respeitando a característica do material quanto à escolha do produto.

- Manter os lavatórios dos sanitários providos de sabonete líquido, toalha descartável, álcool 70% ou preparações antissépticas de efeito similar e lixeiras com tampa de acionamento.

- Manter todos os ambientes ventilados, com portas e janelas abertas, sempre que possível.

- Adotar medidas internas relacionadas à saúde das pessoas necessárias para evitar a transmissão do Covid-19, priorizando o afastamento das que pertencem a grupos de risco, tais como pessoas com idade acima de 60 anos, hipertensos, diabéticos, obesos e imunodeprimidos ou portadores de doenças crônicas que também justifiquem o afastamento.

A Portaria estabelece que a responsabilidade da fiscalização será das vigilâncias sanitárias municipais, compartilhada com a Regional e forças de segurança. As autorizações poderão ser revogadas, caso a pandemia evolua ou tenha impacto na rede de atenção à saúde.

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