
O governo federal, por meio do ministro da Economia, Paulo
Guedes, entregou nesta terça-feira (21) ao Congresso Nacional sua primeira fase
da proposta de reforma tributária, que prevê a unificação de PIS e Cofins.
A entrega presencial da proposta, vista como um gesto aos congressistas, reuniu
o presidente do Congresso e Senado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), o
presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), parlamentares e
funcionários do Ministério da Economia, além do ministro Luiz Eduardo Ramos, da
secretaria de Governo.
A proposta já é debatida na
Câmara e Senado, que discutem reformas tributárias baseadas na unificação de
impostos. No primeiro caso (PEC 45), o texto unifica cinco impostos e, no
segundo (PEC 110), nove.
“Home damos mais um passo significativo no rumo de fazermos a sonhada reforma
tributária brasileira, que hoje vive num emaranhado de legislações, portarias,
resoluções, complicam a vida dos investidores e atrapalham o ambiente
brasileiro, e com ela teremos a oportunidade, de fato, de construir esse novo
ambiente propício para o desenvolvimento”, afirmou Alcolumbre.
O presidente do Congresso
disse que o texto será aperfeiçoado “para buscarmos alternativa que possa
representar o desejo das duas Casas e, agora, com a participação do governo”.
Em seguida, Maia pediu à
imprensa que ouça os autores de todas as propostas. “Há críticas sem saber o
que há nas propostas, do meu ponto de vista, e é importante que a gente possa
avançar nesse debate. Temos proposta que ampliam a do governo, o importante é
avançar no debate”, disse o presidente da Câmara.
“Nós apoiamos o acoplamento
(de PIS e Cofis), mas entendemos que os Estados podem optar nesse caso. Então
cabe ao Congresso legislar para todos ou não”, afirmou Guedes.
O ministro da
Economia explicou que o governo federal não enviou a reforma tributária por
meio de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) por que já tramitam duas
PECs no Congresso (uma na Câmara e outra no Senado). “Nós mandamos propostas,
que podem ser trabalhadas e acopladas, mas mandaremos todas (imposto de renda,
dividendos, IPIs, etc)”, garantiu.
O despacho do novo imposto, que consta na primeira fase da reforma, foi
publicado nesta tarde em edição no DOU (Diário Oficial da União).
Primeira
fase
Na primeira fase, o governo
propõe apenas a unificação do PIS e Cofins em um único imposto, chamado de CBS
(Contribuição sobre Bens e Serviços), com alíquota de 12%.
Críticos argumentam que a
unificação de impostos federais é onerosa para o setor de serviços, responsável
por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.
Segunda
fase
Na segunda fase, o governo irá
propor uma reformulação dos impostos IPI e impostos indiretos sobre o consumo –
tema de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) no Senado Federal, a PEC
110. Esse texto, contudo, deve ser enviado ao Congresso Nacional em cerca de um
mês.
Terceira
fase
Na terceira fase, o governo
irá propor alterações do imposto de renda, tanto de pessoa física como de
jurídica. No primeiro caso, a ideia é reduzir alíquota e dedução e, no segundo,
o objetivo é reduzir impostos sobre as empresas e tributar lucros e dividendos,
hoje isentos.
Quarta fase
Na quarta fase, o governo irá
propor a ampliação da desoneração da folha de pagamentos para além dos atuais
17 setores, que teve extensão até 2021 vetada por Bolsonaro.
Para compensar a perda de
arrecadação com a redução do pagamento sobre a folha, a proposta prevê a criação
de um novo imposto sobre as transferências digitais – o governo estuda cobrar
0,2% sobre as operações digitais.
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