O Ministério da Infraestrutura lançou nesta semana o edital para a elaboração do projeto de construção da ponte sobre o Rio Uruguai, que ligará Itapiranga (SC) a Barra do Guarita (RS). Trata-se de uma reivindicação antiga da população e de entidades dos dois estados, visto a possibilidade de melhoria na qualidade de vida de muitas pessoas.

O edital prevê a contratação de uma empresa para elaboração do projeto da ponte e contempla o estudo de todo o trecho da BR-163, com seu devido processo de federalização desde Tenente Portela (RS), no entroncamento com a RSC-472 até Mondaí (SC), no trevo com a BR-386.

O valor licitado é de R$ 7.618.111,88 e o prazo para a elaboração do projeto é de um ano. Estão inclusos no edital todos os estudos de trafegabilidade, geologia, impacto ambiental, traçado e viabilidade econômica entre outros, além da elaboração dos projetos para possíveis obras complementares, sinalização, ampliação ou remodelação de acordo com a necessidade.

De acordo com o documento, implantação de nova ponte tem por objetivo incrementar a conectividade da malha rodoviária entre SC e o RS. Atualmente na região, há três pontos de travessia sobre o Rio Uruguai: na BR-158, entre os municípios de Iraí (RS) e Palmitos (SC), entre Nonoai (RS) e Chapecó (SC), na RS-406/SC-480 e entre Alpestre (RS) e Águas de Chapecó (SC) pela Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó. Isso gera um importante fluxo de cargas que trafega na BR-163 no Extremo Oeste Catarinense, e no Noroeste Gaúcho.

“As distâncias percorridas pelos usuários desta rota de transporte aumentam 88 km usando a travessia por Palmitos. Para quem chega por Barra do Guarita, um desvio de 105 km é requerido para alcançar SC. Desta forma, com a construção da nova Ponte entre o Noroeste Gaúcho e o Extremo Oeste SC, reduzem as distâncias e custos de transporte, tanto de passageiros como das cargas comerciais, e otimiza ainda mais a economia local”, comemora o vice-presidente Regional da Facisc (Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina), Maikel Marciel Frey, que integra o Movimento Pró-Ponte no Extremo-Oeste do Estado.

Frey reconhece que esta alternativa contribui para desafogar o tráfego de veículos em outros trechos e tornar mais eficiente a conexão entre vários municípios desta região. “Os resultados serão percebidos quanto à fluidez e segurança do trânsito, seus efeitos sobre os custos de transporte em geral, o número de acidentes e o bem-estar da população local.”

O edital também traz um esboço da localização e do traçado da ponte, que segundo o mapa não seguiria o atual traçado da rodovia e não ficaria localizada no mesmo trecho onde hoje é realizada a travessia por balsa e sim mais abaixo no Rio Uruguai, quase na altura do local conhecido com Remanso e fazendo um acesso para a ponte de 800 metros em Barra do Guarita, mais 900 metros de ponte sobre o leito do rio e um acesso de 1 km no lado catarinense.

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