O Governo Federal, por meio do Ministério da Mulher, Família
e Direitos Humanos, apresentou o Plano de Contingência para Pessoas Vulneráveis
durante a pandemia do coronavírus. O valor empenhado é de R$ 4,7 bilhões,
conforme anunciou a ministra Damares Alves.
O plano busca reduzir os impactos negativos da pandemia, unindo esforços e
atuando de forma ordenada para proteger direitos, além de assegurar o sustento
das populações que estão em situação de fragilidade neste momento.
O público contemplado são povos e comunidades tradicionais. A ação é uma
resposta do Governo Federal aos riscos à saúde e desdobramentos socioeconômicos
desses povos.
A ministra Damares Alves explica que o Plano de Contingência para Pessoas
Vulneráveis é dividido em três eixos: saúde, que inclui medidas sanitárias e de
atendimento; proteção social, que envolve distribuição de cestas, insumos e
kits de higiene; e, também, proteção econômica com transferência de
renda.
“Tendo todo o cuidado, especialmente quando se fala em povos tradicionais -,
não apenas indígenas, quilombolas e ciganos -, nós temos no país mais de 20
povos classificados como povos tradicionais. Todos eles estão sendo alcançados
pelo plano de contingência no trabalho de enfrentamento ao coronavírus.”
A proteção econômica prevê pagamento de auxílio emergencial de R$ 600 por
três meses para 1 milhão e 800 mil famílias de comunidades tradicionais
inscritas no programa Bolsa Família. Mais de seis milhões de pessoas serão
beneficiadas, com investimento de mais de R$ 3,2 bilhões até junho.
Outros R$ 23 milhões serão utilizados em ações de prevenção a saúde. No
eixo da proteção social, R$ 1,5 bilhão serão destinados para compra de cestas
básicas, kits de higiene e reforço na alimentação.
A pasta usará parte dos recursos em alimentação de 40 milhões de
estudantes, entre eles 274 mil indígenas, 269 mil quilombolas e quase cinco
milhões de estudantes do campo.
Serão beneficiadas 150 mil escolas, das quais mais de 58 mil atendem
estudantes de povos e comunidades tradicionais.
A merenda será distribuída aos estudantes pela Funai, em parceria com a
Secretaria Especial de Políticas Públicas da Igualdade Racial, com municípios e
estados.
Para reforçar a alimentação das famílias serão distribuídas 362 mil cestas
básicas, beneficiando 162 mil famílias. A ministra destaca o envolvimento do
governo.
“São mais de 15 órgãos federais ligados aos três ministérios que trabalham com povos tradicionais. Como lidar com os povos tradicionais, levar a mensagem da prevenção, cuidar dos nossos povos obedecendo todas as suas peculiaridades, respeitando sua cultura e desejo, mas também protegendo-os.”
A proteção à saúde inclui medidas sanitárias e de atendimento aos povos tradicionais. Entre elas, implementação de 80 leitos em Hospital de Campanha de Boa Vista (RR), distribuição de um milhão de máscaras e luvas para indígenas, e disponibilização imediata de 6 mil e 300 testes rápidos para as aldeias indígenas. Também estão previstos distribuição de material em 274 línguas indígenas em todos os distritos da Funai, orientação a unidades da Funai e Sesai para prevenção no momento do atendimento e reforço à suspensão do acesso às terras indígenas e recomendação à restrição das terras dos demais.
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