Empresas com contrato na BR-163 ficaram com R$ 4 milhões (Foto: Marcos de Lima/Peperi)
Começaram a pingar
na segunda-feira, 13, os primeiros pagamentos do governo de Santa Catarina a
empreiteiras envolvidas em quatro obras rodoviárias federais. Cerca de R$ 7,5
milhões, incluindo impostos, foram quitados de um total de R$ 465 milhões
separados pelo Estado para alavancar os canteiros de obras do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). As 16 transferências bancárias
marcam o fim de uma novela para as BRs 470, 280, 163 e 285. E mudam o cenário
da infraestrutura catarinense para 2022.
Na primeira leva de
pagamentos, empresas com contrato na BR-163 ficaram com R$ 4 milhões, a BR-280
teve R$ 1,8 milhão e a BR-470, R$ 1,5 milhão. Ainda foram retidos R$ 185 mil
relativos a impostos. Por enquanto, ainda não foram remunerados serviços da
BR-285.
As primeiras
transferências bancárias ocorreram quase quatro meses após o governador Carlos
Moisés (sem partido) e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas
(PL), fecharem acordo sobre a ajuda estadual. Além dos obstáculos políticos
impostos à operação às vésperas das eleições, DNIT e Secretaria de Estado da
Infraestrutura enfrentaram uma maratona burocrática para permitir que Santa
Catarina aportasse recursos direto na conta das empreiteiras.
Havia ansiedade no
ar nos últimos dias. Com o anúncio do corte de R$ 40 milhões no orçamento
federal para as BRs 470 e 163, o Estado também ouviu cobranças sobre a demora
nos pagamentos prometidos. Na sexta-feira, o governo chegou a anunciar a
liberação dos recursos, o que só ocorreu de fato na segunda.
Resolvida a etapa
mais complicada, a previsão é liberar mais R$ 12 milhões em pagamentos nos
próximos dias. Ao todo, o Estado empenhou R$ 125 milhões no orçamento de 2021 —
destes, R$ 71 milhões vão para os quatro lotes de duplicação da BR-470. Os
outros R$ 340 milhões ficam para o próximo ano.
O dinheiro começou
a chegar justo no fim do ano, quando as empreiteiras diminuem as operações nas
estradas devido ao movimento do período de férias. Somente no início de 2022 o
impacto dos recursos deve ser melhor sentido nos canteiros de obras. Mas a
expectativa é de que, sabendo da existência de verba, as empresas sintam-se
mais confiantes para acelerar os trabalhos, deslocando máquinas e equipamentos
extras.
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