Grávida é morta com tijoladas na cabeça e bebê é tirado da mulher com um estilete, em SC

28/08/2020 - 16h41

A polícia localizou na manhã desta sexta-feira, dia 28, o corpo de uma mulher em Canelinha, na Grande Florianópolis. Ela estava grávida e foi localizada em uma cerâmica desativada. Um homem e uma mulher foram presos.

O delegado Paulo Alexandre Freisleben da Silva afirmou que Flavia Godinho Mafra estava sem o bebê quando foi encontrada. O corpo tinha ferimentos na parte inferior da barriga e hematomas. Ela estava desaparecida desde quinta-feira, dia 27.

Até o início da tarde desta sexta-feira, o bebê estava internado no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. Segundo uma amiga da vítima, o nascimento da menina estava previsto para 22 de setembro.

De acordo com o delegado, a vítima foi levada até o local do crime pela suspeita, que é amiga da vítima. "Ela disse que estava grávida e teria perdido a criança há dois ou três meses, mas não comunicou aos familiares, inclusive nem teria falado para o marido, que estaria muito empolgado com a gravidez dela. Ela disse que iria fazer um chá de bebê e convidou a vítima para participar", explica.

No entanto, a amiga acabou levando a vítima até a cerâmica desativada e a atingiu com tijoladas na cabeça. "Depois, com um estilete cortou a barriga dela para tirar o bebê. A ideia dela era matar a mulher e ficar com a criança", explicou o delegado.

O estilete foi encontrado no local do crime. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) em Balneário Camboriú, no Litoral Norte. Ainda não há previsão do laudo com as causas da morte, de acordo com o órgão.

Ainda de acordo com as primeiras informações do delegado, o bebê foi levado pela suspeita para o Hospital e Maternidade Maria Sartori Bastiani, onde a mulher investigada teria informado que teve um parto espontâneo. A unidade de saúde não informou mais detalhes do caso, mas disse que médicos e funcionários vão prestar depoimentos durante esta tarde em Tijucas.

O delegado afirmou que foi o companheiro da suspeita que acabou lavando o recém-nascido até o Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. A Polícia Militar foi acionada pela equipe médica, que desconfiou dos cortes profundos no corpo do bebê. A Secretaria de Saúde Estadual informou que recebeu o paciente e não está autorizada a divulgar outras informações.

De acordo com a Polícia Civil, o companheiro da suspeita foi detido na unidade de saúde e durante os primeiros esclarecimentos ao delegado, afirmou que não teria participado do crime.

Desaparecimento

Segundo a Prefeitura de Canelinha, Flavia estava grávida de 38 semanas e era diabética. Ela é pedagoga e já trabalhou como professora temporária. Neste ano, ela estava trabalhando em uma loja. Por estar no grupo de risco do coronavírus, estava afastada do trabalho presencial.

Na quinta-feira, dia 27, ela saiu de casa a pé para ir em um chá de bebê surpresa, segundo Jeisiane Benevenute, amiga de Flavia desde a infância e escolhida para ser madrinha do bebê junto com outro casal.

Sem ter notícias da Flavia até a noite de quinta, Jeisiane e a família fizeram postagens em redes sociais informando o desaparecimento. Pela manhã, amigos e familiares souberam que o corpo foi encontrado.

"A família viu ela morta. Agora me acalmei, mas hoje de manhã quando eu soube da morte, desabei. Pior será ver no caixão", disse.

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