GSI repudia reportagem do JN e dá nova versão sobre fala do presidente
Através de nota oficial, GSI afirma que a matéria é mal elaborada e uma tentativa de fazer uma reportagem maldosa contra o presidente da República

Gabinete de Segurança Institucional fez duras críticas ao Jornal Nacional da Globo

Gabinete de Segurança Institucional fez duras críticas ao Jornal Nacional da Globo

17/05/2020 - 11h42

O ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, enviou nota ao jornalismo da Globo com críticas à reportagem exibida no Jornal Nacional sobre as trocas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro em sua segurança a cargo do GSI.

A reportagem pôs em xeque a versão de Bolsonaro sobre sua fala na reunião ministerial de 22 de abril. Bolsonaro alega que sua atitude foi para dizer que tentou fazer substituições na segurança do Rio e não conseguiu.

A reportagem mostrou que o presidente não só trocou o diretor do Departamento de Segurança Presidencial, como promoveu o então titular ao comando da 8ª Brigada de Infantaria. Colocou no lugar dele o até então número dois. E também substituiu o chefe do escritório do GSI no Rio.

Tudo isso poucos dias antes da reunião ministerial. Portanto, não houve dificuldade para o presidente trocar ninguém da área realmente responsável pela segurança dele. E Bolsonaro não fez nenhuma reclamação quanto ao serviço. Ao contrário, promoveu o maior responsável por ele.

Depois da exibição do Jornal Nacional de sexta-feira (15), o GSI divulgou nota em que repudiou a reportagem, e ainda trouxe uma novidade: uma nova versão para a fala do presidente.

A nota afirma que a matéria é mal elaborada e uma tentativa de fazer uma reportagem maldosa contra o presidente da República, usando como exemplo a promoção do general Sá Corrêa, recém-nomeado comandante da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada de Pelotas.

A nota prossegue dizendo que o então coronel Sá Corrêa foi selecionado pelo Alto Comando do Exército por seus méritos, para integrar a lista de escolha que seria levada ao presidente da República. E que o presidente não participa das reuniões de promoção de oficiais generais que acontecem no Alto Comando das três Forças.

Mas a nota afirma, também, que compete ao presidente, por lei, examinar as listas de escolha levadas a ele pelo ministro da Defesa. E escolher, desses nomes, os promovidos. E que cabe ao presidente assinar os decretos de promoção, como comandante supremo das Forças Armadas.

Segundo a nota, o coronel Suarez assumiu a chefia do Departamento de Segurança porque era o mais antigo, depois do coronel Sá Corrêa.

O ministro Augusto Heleno afirma ainda que, na reunião ministerial, falando para os seus ministros, e não em público, o presidente citou, apenas como exemplo, uma troca que desejasse realizar, na segurança pessoal dele. E que, caso houvesse qualquer oposição a essa troca, na ponta da linha, ele poderia chegar até a demitir o ministro para que sua decisão fosse cumprida.

A nota conclui afirmando que o presidente não se referiu a nenhum caso real que houvesse ocorrido com sua segurança pessoal.

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  • Jornal Regional
  • FONTE
  • G1



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