O ministro Paulo
Guedes (Economia) admite a possibilidade de estender a concessão do auxílio
emergencial, voltado principalmente a trabalhadores informais, por um ou dois
meses. Guedes, no entanto, defende que o valor de R$ 600 seja cortado para R$
200.
O auxílio foi criado para durar apenas três meses, com valores concedidos em abril, maio e junho. Com a prorrogação por dois meses, permaneceria até agosto.
O discurso pela prorrogação representa uma mudança de posição da equipe econômica, antes contrária à extensão da medida. Mesmo assim, a redução do montante concedido é defendida como fundamental.
“Se voltar para R$
200 quem sabe não dá para estender um mês ou dois? R$ 600 não dá”, disse Guedes
em reunião com empresários na terça-feira (19).
“O que a sociedade prefere, um
mês de R$ 600 ou três de R$ 200? É esse tipo de conta que estamos fazendo. É
possível que aconteça uma extensão. Mas será que temos dinheiro para uma
extensão a R$ 600? Acho que não”, afirmou o ministro.
Para Guedes, o benefício não
poderia ser maior que R$ 200 porque esse é o valor pago aos beneficiários do
Bolsa Família, que de forma geral são mais vulneráveis que trabalhadores
informais. “Se o Bolsa Família é R$ 200, não posso pagar mais que isso a um
chofer de táxi no Sudeste”, disse.
O titular da equipe econômica
ainda defende um equilíbrio na medida também por, segundo ele, haver risco de
as pessoas não trabalharem mais e faltarem produtos nas prateleiras.
“Se falarmos que vai ter mais
três meses, mais três meses, mais três meses, aí ninguém trabalha. Ninguém sai
de casa e o isolamento vai ser de oito anos porque a vida está boa, está tudo
tranquilo. E aí vamos morrer de fome do outro lado. É o meu pavor, a prateleira
vazia”, disse.
“Eu estou jogando dinheiro, não
tem problema. Agora, a prateleira vai estar vazia porque vão parar de produzir.
Então tem um equilíbrio delicado que a gente tem que seguir”, afirmou.
>>>Clique e receba notícias do JRTV Jornal Regional diariamente em seu WhatsApp.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook