A liberação de
recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Programa de
Integração Social (PIS) totalizará R$ 42 bilhões até o fim do ano que vem,
disse hoje (23) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, a
injeção de recursos na economia deverá somar R$ 30 bilhões neste ano e R$ 12
bilhões em 2020.
“Eu tinha falado,
um mês ou dois atrás, que [a liberação do FGTS e do PIS] ia ser em torno de R$
42 bilhões. Vai ser isso mesmo. Deve ser uns R$ 30 bilhões esse ano, uns R$ 12
bilhões no ano que vem. São os R$ 42 bilhões que eu tinha falado. Só que vocês
vão ver que há novidades, há coisas interessantes”, disse o ministro, depois da
solenidade de lançamento do novo modelo de mercado para o gás, no Palácio do
Planalto.
O anúncio das
medidas para o FGTS está previsto para amanhã, às 16h. Segundo Guedes, o
governo pretende permitir um saque anual de contas ativas e inativas em
caráter definitivo. Todos os anos, o trabalhador retiraria um percentual
do saldo ou um valor fixo. “O governo passado soltou só [o saque para contas]
inativas. Nós vamos soltar ativas e inativas. Eles soltaram uma vez só. Nós
vamos soltar para sempre. Todo ano vai ter”, comentou.
O ministro não
confirmou se o saque neste ano será restrito a R$ 500 por
conta. Ontem (22), o secretário especial de Fazenda do Ministério da
Economia, Waldery Rodrigues, tinha dito que as medidas em relação ao FGTS teriam impacto de curto e de médio prazo.
Ele assegurou que a equipe econômica está tendo cuidado para que a liberação
não descapitalize o fundo, que financia projetos de moradia popular, saneamento
e infraestrutura.
Da injeção prevista
para este ano, R$ 28 bilhões decorreria da liberação dos saques do FGTS e R$ 2
bilhões das contas do PIS/Pasep. A partir de 2020, o trabalhador poderá retirar
uma parcela da conta do FGTS no mês de aniversário, com um intervalo de
tolerância para sacar, segundo técnicos do Ministério da Economia.
Hacker
O ministro também
comentou a suspeita de
ataque hacker em seu celular, na noite de segunda (22). “Isso é o
banditismo. Isso é invasão de privacidade, isso é um retrocesso enorme, isso é
o uso de coisas destrutivas. Estamos querendo reconstruir o país e tem,
infelizmente, marginais, bandidos que ficam fazendo este tipo de coisa. Mas
vamos para frente”, declarou.
Nesta terça, a
Polícia Federal (PF deteve quatro suspeitos de invadirem o celular do ministro
da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Eles foram detidos em
caráter temporário nas cidades de Araraquara, São Paulo e Ribeirão Preto e,
segundo a PF, integram uma organização que pratica crimes cibernéticos. Também
foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão.
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