Um homem de 55 anos
foi preso, na madrugada desta segunda-feira (22), acusado de embeber as
máscaras de proteção facial da ex-mulher com veneno de matar baratas e outros
insetos, em Presidente Prudente, interior de São Paulo.
A vítima acionou a
Polícia Militar alegando que a casa foi invadida pelo suspeito, que a ameaçou e
agrediu, além de ter danificado o imóvel. Ela tinha medida protetiva judicial
contra o homem em razão de agressões e ameaças anteriores.
Durante a
ocorrência, a mulher de 44 anos mostrou aos policiais duas máscaras que estavam
sobre a pia, ao lado de uma lata com o inseticida. Ela acusou o ex-marido de
ter usado o veneno para embeber as máscaras que ela usaria de manhã, ao sair de
casa.
Os policiais
constataram sinais do produto nos protetores faciais, que foram recolhidos para
perícia. O homem foi encontrado e detido em um carro parado a poucos metros da
casa da vítima. Ele negou as acusações e alegou que estava infectado pelo
coronavírus.
O suspeito foi
levado a uma unidade de pronto-atendimento. O exame não detectou sintomas da
doença, nem a presença do vírus no organismo do paciente. Conduzido ao plantão
da Polícia Civil, já na presença de seu advogado, o homem se manteve calado.
Acusado de tentativa de homicídio, além do descumprimento de medida protetiva,
ele foi levado à prisão e deve passar por audiência de custódia ainda nesta
segunda-feira.
O defensor informou
que vai aguardar a audiência e, se mantida a prisão, entrará com pedido de
habeas corpus. O inseticida supostamente usado para contaminar as máscaras tem
potencial de alta toxicidade, causando irritação e queimação na pele ao
contato. Se inalado de forma prolongada, causa vertigem e danos ao sistema
nervoso central.
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