Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil constatou no final da tarde desta segunda-feira (13), um homem em situação análoga à escravidão. A ação policial aconteceu na área rural do Município de Cunha Porā, após informações encaminhadas pela Assistência Social, que acompanhou o caso.
A investigação realizada até o momento aponta que o homem, de 25 anos, foi trazido do Estado do Pará para trabalhar em uma plantação de eucaliptos na propriedade do autor, um produtor rural de 70 anos, natural de Cunha Porā.
Ao chegar na propriedade, a vítima foi alojada em um barracão de madeira sem vedação, sem banheiro, sem condições de higiene pessoal e sem utensílios básicos para sobrevivência digna.
Sequer energia elétrica e água potável a vítima possuía, tendo que se deslocar até outro ponto da fazenda quando precisava beber água em uma "bica" ligada a uma nascente.
Segundo apurado, o homem foi proibido de sair do local e obrigado a trabalhar sem descanso, todos os dias, da manhã até a noite, para pagar uma suposta dívida pela "hospedagem" na propriedade, num verdadeiro clico interminável de cobrança superior ao serviço e submissão a regime extenuante de trabalho, circunstâncias caracterizadoras do crime de redução à condição análoga a de escravo.
Ao longo de várias semanas de trabalho, a vítima recebeu pouco mais de R$ 200,00 como pagamento, em que pese a promessa inicial fosse de aproximadamente R$ 6 mil pela empreitada de plantio de milhares de mudas de eucaliptos.
Ao se deparar com os policiais civis da Delegacia de Polícia de Cunha Porā e da Divisão de Investigação Criminal - DIC, o homem agradeceu emocionado.
O autor foi autuado em flagrante pelo crime de redução de pessoa à condição análoga à de escravo e encaminhado à unidade prisional de Maravilha.
>>>PARTICIPE DO GRUPO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook